27 de Agosto de 2019, 10h:09 - A | A

Programas / ACUSAÇÕES NA GRAMPOLÂNDIA

Promotor: A verba do Gaeco não é secreta, a aplicação é secreta; veja vídeo

Turin explicou que com esse recurso o Gaeco consegue manter despesas básicas de investigação e criticou as declarações do cabo Gerson Correa, como mentirosas.

MÁRCIA MATOS
DA REDAÇÃO



O promotor de Justiça Roberto Turin, que é presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP), rebateu as declarações do cabo da Polícia Militar, Gerson Corrêa, réu do processo da Grampolândia, que em depoimento disse que havia uma verba secreta no Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), da qual membros do Ministério Público fariam uso para fins particulares.

“Gente, não existe verba secreta em lugar nenhum, muito menos no Ministério Público, onde toda verba pública. A verba não é secreta, a aplicação da verba é secreta. Então o Ministério Público tem no Gaeco uma verba que eles denominaram secreta, mas que não é. Está lá no orçamento. Ela está registrada. Ela está documentada, para fins de investigação. São objetivos sigilosos, não secretos”, argumentou o promotor.

Turin explicou que com esse recurso o Gaeco consegue manter despesas básicas de investigação, como transporte, estadia e alimentação.

Ele criticou as declarações do réu da Grampolândia, que segundo ele, ao acusar membros do Ministério Público de ações ilegais, teria mentido e induzido a imprensa de forma intencional.

Nesse caso, ele cita a declaração de que um promotor teria usado a chamada verba secreta para comprar um cachorro. Turin explica que na verdade o dinheiro teria pago o treinamento de uma cadela farejadora.

“O dia que ele [cabo Gerson]  falou isso, ficou parecendo que ele [ promotor] foi lá e comprou um poodle para levar para casa, um cachorrinho para ele se divertir”, criticou.

Outra situação apontada como inverídica pelo promotor, que foi declarada pelo réu e divulgada pela imprensa é a acusação de que a verba do Gaeco teria sido usada para consertar moto de um promotor hoje já aposentado.

“Era o Célio Wilson, que é colega aposentado, que já foi inclusive secretário de Segurança Pública, o dono da tal da moto. Ele me ligou puto um dia e falou: Turin essa moto eu estava de férias  e teve um acidente com essa moto e eu pedi ajuda para um PM levar essa moto para a oficina. Foi tudo pago pelo seguro da moto. Ele pegou a moto do promotor que caiu na rua e levou para a oficina e o promotor pagou através do seguro. Então ele usou dinheiro público para pagar conserto da moto?  E ficou parecendo isso”, concluiu.

 

Veja o trecho da entrevista:

Comente esta notícia



GRUPO ANDRÉ MICHELLS

Rua das Orquídeas, 247 Bosque da Saúde Cuiabá - MT 78050-010

(65)33583076

RepórterMT
G5 NEWS
CONEXÃO PODER