KAROLLEN NADESKA
DA REDAÇÃO
O governador Mauro Mendes (DEM) anunciou, no fim da tarde de segunda-feira (25), que recursos recuperados da corrupção serão aplicados na finalização de obras e, a primeira delas, será na retomada da construção do Hospital Central de Cuiabá, que está paralisada há 34 anos.
O prédio, considerado por muitos anos um elefante branco, fica no Centro Político Administrativo, a poucos metros da sede do Governo Estadual.
“Todo recurso ou grande parte será arrecadado e recuperado do combate à corrupção será destinado à construção desse hospital”, disse Mauro.
Conforme o governador, a obra que está orçada em R$ 135 milhões, necessita de um aporte na ordem de R$ 100 milhões para a compra de materiais importantes.
Essa aquisição, segundo ele, será feita em parceria com os órgãos de controle que destinarão cerca de R$ 40 milhões para uma conta exclusiva da Secretaria Estadual de Saúde (SES), responsável pelo projeto, a exemplo de um termo de cooperação assinado por membros do Ministério Público do Estado (MPE-MT), que atua em acordos envolvendo crimes do colarinho branco.
“Abrimos uma conta específica para a Secretaria de Saúde e a nossa Controladoria Geral do Estado já destinou, em fundos que estão sendo recuperados do combate à corrupção. Já tem nessa conta mais de R$ 6 milhões. Temos um termo de acordo assinado que depositará agora em novembro mais R$ 20 milhões, nesse mesmo termo de acordo setembro de 2020 mais R$ 20 milhões”, destacou o democrata.
“Muitos que falam isso nunca entraram no hospital. Temos palpiteiros de plantão a todo o momento. Dão palpite sobre tudo, sem absolutamente conhecer nada. Temos um laudo de um profissional especializado, que foi contratado na administração anterior e nós usaremos dele”, explica.
O governador disse que possui um laudo que comprova a estabilidade da estrutura que atesta que ela continua ‘intacta’. Declarou ainda críticas partem de ‘palpiteiros de plantão’.
“Muitos que falam isso nunca entraram no hospital. Temos palpiteiros de plantão a todo o momento. Dão palpite sobre tudo, sem absolutamente conhecer nada. Temos um laudo de um profissional especializado, que foi contratado na administração anterior e nós usaremos dele”, explica.
No anúncio, o governador lembrou da construção do Novo Pronto-Socorro da Capital, entregue no dia 18 deste mês, como uma das principais edificações viabilizadas por sua gestão, ainda quando era prefeito da Capital.
“No começo muita gente duvidava do Pronto-Socorro e a gente conseguiu fazer um convênio com o Governo do Estado que colocou R$ 50 milhões e a prefeitura R$ 30 milhões. Está lá, hoje pronta”, pontuou.
O chefe do Executivo garantiu que se certificou com a Vigilância Sanitária antes de anunciar a retomada da unidade, que atingirá seu nível de qualidade dentro das adequações exigidas.
O governador enfatizou ainda a transparência em sua gestão quanto à aplicação dos recursos disponíveis no caixa do Governo do Estado.
"Já tem nessa conta mais de R$ 6 milhões. Temos um termo de acordo assinado que depositará agora em novembro mais R$ 20 milhões, nesse mesmo termo de acordo setembro de 2020 mais R$ 20 milhões”, destacou o democrata.
“Pergunto aos senhores: o que aconteceu em Mato Grosso nesse curto espaço de tempo choveu dinheiro aqui? Chegou dinheiro na conta do Governo Federal, entrou FEX? Não senhores, falamos em seriedade e aplicamos corretamente o dinheiro público”, finalizou.
O prédio
Segundo o projeto, a unidade terá, aproximadamente 32 mil metros quadrados de área total construída, sendo 9 mil da estrutura antiga e 23 mil de ampliação – isto é, construção nova.
O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, destacou que o investimento é um dos anúncios mais importantes na área da saúde, pois a obra da unidade permite o resgate da construção, totalmente reformulada.
Ainda de acordo com as declarações do gestor da saúde, a retomada das obras paralisadas é de extrema importância, pois, atualmente, os dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) mostram que Mato Grosso possui “uma elevada e crescente demanda reprimida na área da alta complexidade”, o que representa uma estimativa de “65 mil procedimentos represados”.
Além disso, a construção do hospital vai reverter os problemas enfrentados pela SES-MT no déficit de leitos por alta complexidade, aos altos custos com o serviço de Tratamento Fora do Domicílio (TFD) e, também, na área de judicialização.
“Ainda temos um volume muito grande de cidadãos que necessitam de uma solução na área da alta complexidade. Se não adotarmos uma medida, como aquelas que estamos realizando desde o início do nosso Governo – que inclui a modernização dos hospitais, criação do Hospital Estadual Santa Casa e agora, a do Hospital Central que vem para uma solução mais efetiva –, [a situação] deve se agravar ao logo dos anos”.
(Com assessoria).
