11 de Dezembro de 2019, 09h:44 - A | A

Repórter MT / "DELAÇÃO MONSTRUOSA"

Juiz manda juntar confissão de Silval em processo de compra de vaga no TCE

RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO



O juiz Bruno D'Oliveira Marques, da Vara Especializada Ação Civil Pública e Ação Popular, acatou o pedido do ex-governador Silval Barbosa para juntar as delações e colaborações premiadas no processo que julga a suposta compra da vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) por R$ 8 milhões. A decisão foi proferida no último dia 6.

O ex-governador solicitou a “juntada de prova documental”, consubstanciada nas colaborações premiadas celebradas entre ele e as “autoridades públicas, tanto em âmbito penal (junto à Procuradoria-Geral da República, PGR, homologada pelo Supremo Tribunal Federal, STF), quanto na seara cível (junto à PGJ – Procuradoria-Geral de Justiça), já juntada em outros processos, pelo Ministério Público”.

A delação de Silval, apelidada de ‘monstruosa’ pelo ministro do STF Luiz Fux, pode conter informações relevantes para o processo de julgamento.

“No mais, DEFIRO o pedido formulado na Ref. 405 pelo requerido Silval da Cunha Barbosa, consistente na juntada de prova documental”, decidiu Bruno D’Oliveira.

A denúncia do Ministério Público, em que trata a Ação Civil Pública em questão, aponta que a ‘cadeira’ do TCE foi comprada pelo então deputado Sérgio Ricardo por R$ 8 milhões.

O suposto esquema fraudulento utilizou recursos públicos e teve como operador Gércio Marcelino de Mendonça Júnior (o Júnior Mendonça). Também são réus nesse processo o ex-governador Blairo Maggi (Progressista); o ex-conselheiro Humberto Bosaipo, José Geraldo Riva (ex-presidente da Assembleia Legislativa) e o ex-secretário Éder de Moraes Dias.

Compra de vaga em delação

O esquema de compra de vagas de conselheiro no Tribunal de Contas é citado com dezenas de esquemas, na delação de Silval Barbosa.

Conforme noticiado, o ex-governador delatou ter sido procurado pelo então deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) e o ex-deputado José Riva

Fabris queria ocupar o cargo de conselheiro e Riva tinha a pretensão de que sua mulher, Janete Riva, fosse conselheira.

Tal situação, apesar de não ser a mesma de Sérgio Ricardo, demonstra, segundo o Ministério Público, o ‘modus operandi’ das supostas compras de cadeiras do TCE.

Comente esta notícia



GRUPO ANDRÉ MICHELLS

Rua das Orquídeas, 247 Bosque da Saúde Cuiabá - MT 78050-010

(65)33583076

RepórterMT
G5 NEWS
CONEXÃO PODER