RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
A pandemia do novo coronavírus tem deixado dúvidas sobre os impactos sociais e econômicos, principalmente nos cofres públicos. Devido às restrições impostas para evitar o contágio, a eleição suplementar ao Senado que estava agendada para o dia 26 de abril foi suspensa até que a situação seja controlada.
No entanto, há uma corrente em Brasília que defende a concentração da eleição municipal, para prefeitos e vereadores, com o pleito de 2022, quando os eleitores irão às urnas para escolher deputados, senadores, governador e presidente.
O professor e analista político, João Edisom acredita que a pandemia causará desfalque financeiro e, consequentemente, uma crise política. E que, após passar a "maré" do vírus o país não terá dinheiro para bancar uma eleição municipal e muito menos uma suplementar.
"A gente vai sair muito desfocado disso, a crise na saúde vai ser muito séria, mas a crise econômica será mais seria ainda, as duas crises juntas trazem uma crise política e nós não teremos dinheiro para fazer eleição de rodo, igual a gente tem feito, brincando de fazer eleição suplementar, gastando dinheiro público à granel", frisou.
"Então, é possível, dependo de como a gente vai sair, simplificar e jogar a eleição para 2022 ou 2021. Pode acontecer de tudo. Quem vai determinar o futuro é a pandemia", complementou.
Em entrevista à agência Senado, o senador Major Olímpio (PSL-SP) disse que enviou um ofício ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo o adiamento das eleições municipais de 2020. Ele acredita que a economia esperada, caso a medida seja implementada, é de R$ 1,5 milhão.