16 de Setembro de 2021, 09h:37 - A | A

Poderes / DENÚNCIA DE PREFEITO

Assembleia cogita criação de CPI para investigar suposto uso político da Deccor

Na tarde de terça-feira (14) a Comissão de Segurança Pública ouviu os delegados Lindomar Tófoli, Flávio Stringueta e Anderson Clayton da Cruz e Veiga.

DAFFINY DELGADO
DA REDAÇÃO



A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa (ALMT) afirmou, na tarde de terça-feira (14), que irá encaminhar um pedido para a Corregedoria-Geral da Polícia Civil solicitando informações sobre as investigações que estão sendo conduzidas pela instituição, sobre o suposto uso político da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção em Mato Grosso (Deccor) para prejudicar a gestão do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB).

O pedido de compartilhamento de informações foi solicitado pelos deputados Ulysses Moraes (PSL), Delegado Claudinei (PSL) com aprovação do presidente da Comissão, João Batista (PROS). O relatório, segundo os parlamentares, poderá subsidiar a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

“Essas informações poderão servir de análise por essa Comissão para que a gente possa dar procedimento a essa investigação e também esses documentos subsidiarem um pedido de abertura de CPI desta casa legislativa”, disse Moraes.

Em junho, Emanuel requereu junto à corregedor-geral que apure a suposta irregularidade por parte do delegado Eduardo Augusto de Paula Botelho, por promover uma perseguição à sua gestão por motivação política, em razão do alinhamento do delegado com o governador Mauro Mendes (DEM), notadamente adversário político do prefeito.

O que chamou atenção dos parlamentares é que em depoimento os delegados Stringuetta e Tóffoli a dmitiram interferência de gestores do Estado na delegacia especializada.

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Durante seu depoimento, o delegado Lindomar Tófoli, que foi afastado da Delegacia Fazendária (Defaz), em 2019, afirmou que foi retirado da unidade no momento em que investigava a atual.

"Uma pessoa me disse que eu tinha saído da delegacia por causa do filho do Riva e que ninguém tinha controle sobre mim. Que eu tinha ido lá (na casa do filho do Riva) xingando e as crianças começaram a chorar. E quem me conhece sabe que isso nunca aconteceu. Mas, essa aí foi uma das coisas que chegaram para mim e a outra motivação era porque eu estava investigando o Governo. E essa pessoa que me contou em detalhes o que eu estava investigando”, declarou o delegado.

Para abertura de uma nova CPI, os deputados precisarão contar com o apoio de 16 parlamentares tendo em vista que a Casa de Leis já consta com três comissões em andamento. Três deputados já sinalizaram estar favoráveis a abertura da CPI, sendo eles delegado Claudinei e Ulysses Moraes e Faissal Calil (PV).

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