20 de Maio de 2022, 18h:33 - A | A

Poderes / "CORONELISMO" NA AL

Janaina condena 'perpetuação' no poder e Botelho rebate: ‘Foi instituído pelo pai dela’

Em 2023, os deputados escolherão um novo nome para comandar a Casa de Leis e vários deles manifestam interesse na disputa.

DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER



A deputada estadual Janaina Riva (MDB) condenou, em entrevista nesta semana, o "coronelismo" no comando da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e ainda enfatizou que o parlamento “não tem dono”. Em resposta, o presidente do legislativo, Eduardo Botelho (União Brasil), alfinetou a deputada ao dizer que "isso foi criado na gestão do pai dela", ex-deputado José Riva.

O “embate” político teve início, porque, em 2023, haverá nova legislatura na Casa de Leis e, portanto, nova Mesa Diretora deve ser eleita para comandar. A crítica de Janaina é direcionada especialmente a Botelho e a Max Russi (PSB), presidente e primeiro-secretário da casa, respectivamente, há três mandatos.

Em entrevista à Rádio Metrópole FM, Janaina defendeu que outros tenham a oportunidade de comandar e enfatizou que Botelho e Russi "já tiveram sua oportunidade".

“Nós temos que acabar com esse coronelismo na Assembleia. Se Botelho e Max estão achando que vão ficar se perpetuando no poder, estão muito enganados. Porque eu não vou aceitar e os deputados não vão. Obrigada pelo que fizeram, pela contribuição que deram, um beijo e um abraço. Vamos tocar a vida. A Assembleia não pode mais ter dono. Isso acabou", declarou.

Na noite dessa quinta-feira (19), Eduardo Botelho rebateu a crítica da colega de parlamento, durante entrevista ao programa Estúdio Ao Vivo da TV Cidade Verde.

O presidente da AL lembrou que as "reconduções infinitas” foram instituídas durante a gestão do pai de Janaína, o deputado José Riva, que comandou a casa por 24 anos. À época, Riva era considerado o “dono” do legislativo estadual e fazia “dobradinhas” nas eleições da Mesa Diretora, ora como presidente, ora como primeiro-secretário.

“Isso deveria ter acabado lá atrás com quem criou isso dentro da Assembleia, que foi o pai dela. Agora é muito fácil falar, já usufruiu de tudo", rebateu Botelho.

Ele ainda destacou que a deputada não atuou nas articulações da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que põe fim às reconduções.

“Se eu e Max continuarmos concorrendo, dificilmente alguém ganhará de nós. Ela está certa nesse aspecto. Eu não sou contra ela não, ela está correta. Eu sou a favor de ter essa troca, não acho que ela está errada. Mas eu acho que ela está falando como sendo umas defensoras e não é. Vamos colocar os pingos nos is. Ela está na Mesa Diretora e quem defendeu essa PEC foi o deputado Wilson Santos e quem montou a PEC e reescreveu para ele, foi o deputado Eduardo Botelho”, frisou Botelho.

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