METRÓPOLES
O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou, nesta segunda-feira (4/10), que será “impossível” o procurador-geral da República, Augusto Aras, engavetar o relatório final da comissão. O parlamentar disse também que o relatório deve pedir o indiciamento de mais de 30 investigados.
“Hoje é de conhecimento público: não dá para engavetar isso. Não dá para jogar debaixo da gaveta. Não tem como. São 600 mil vidas que se perderam”, afirmou Aziz à Rádio Bandeirantes. “Não temo como. Seja o doutor Aras, o doutor João, doutor Raimundo, quem quer que seja. Não tem como engavetar”, acrescentou.
O parlamentar destacou quebrados haverá cobranças diárias e que será “impossível isso acontecer [engavetamento]”. “Essas coisas todas não há como segurar. Nenhum governo é eterno e isso não prescreve. São 600 mil vidas, milhões de brasileiros sequelados e pessoas que deixaram crianças órfãs”, disse.
Aziz destacou também que a CPI não pode convocar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para prestar depoimento, porém, constará no relatório o entendimento que a comissão teve das atitudes do chefe do Executivo, como “omissão, prevaricação, a propagação de medicamentos sem comprovação científica, propagação de imunização de rebanho e gabinete paralelo”.
Na última sexta-feira (1°/10), o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deverá constar no relatório, que deve será apresentado no próximo dia 19 de outubro e votado no dia seguinte.