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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que há um "poderio ditatorial de controlar as pessoas" nas redes sociais, que estaria favorecendo as pessoas de esquerda. De acordo com Bolsonaro, há um "cerceamento" contra o seu "lado".
Bolsonaro disse que vai conversar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre a medida provisória (MP) que dificultaria a ação das redes sociais para apagar conteúdos publicados por usuários. Editada por Bolsonaro em setembro do ano passado, na véspera dos protestos de 7 de Setembro, a MP foi devolvida por Pacheco.
"Vou voltar a conversar com ele agora. Porque essa sanha, esse poderio ditatorial de controlar as pessoas tem crescido, e a esquerda tem ganhado muito com isso daí, em detrimento das opiniões da direita", disse Bolsonaro, em entrevista à Rádio Viva, do Espírito Santo.
O presidente criticou também a desmonetização de páginas, mas sem citar casos específicos. No ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aplicou essa medida em canais que divulgavam informações falsas sobre as eleições.
"Nós temos assistido derrubada de páginas no Facebook, desmonetização de outras, mas só de gente do nosso lado. Gente que defende a família, defende os bons costumes, que briga por liberdade. Agora, o outro lado, não. Então é um cerceamento muito forte contra a gente".
Na semana passada, Bolsonaro afirmou que não irá admitir ser banido das redes sociais durante a campanha eleitoral deste ano. O presidente avisou que considerará esse tipo de medida "fora das quatro linhas" da Constituição.