METRÓPOLES
Com 397 votos a favor e duas abstenções, a Câmara dos Deputados aprovou, nesta sexta-feira (20/8), o projeto do deputado federal Fred Costa (Patriota-MG) que proíbe tatuagens e piercings em cães e gatos com fins estéticos. As informações são da Agência Câmara.
O texto substitutivo do relator, deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), determina uma pena de três meses a um ano para quem praticar esse ato contra animais, além de multa.
Para virar lei, a matéria ainda precisa ser aprovada pelo Senado.
A proposta não abrange procedimentos utilizados na identificação, rastreabilidade e certificação de animais de produção do agronegócio, como bois, cavalos e porcos, por exemplo.
Paulo Bengtson, que é médico veterinário, destacou a importância da defesa do bem-estar animal.
“Além de provocar dor, as tatuagens expõem cães e gatos a diversas complicações, desde o risco inerente aos procedimentos de sedação, reações alérgicas à tinta e ao material utilizado na tatuagem, dermatites, infecções, cicatrizes, queimaduras, irritações crônicas e, em alguns casos, até necrose da pele. Os piercings, além da dor e do risco de infecção, aumentam a possibilidade de ocorrência de acidentes”, disse.
Críticas veganas
A proposta sofreu críticas do deputado Célio Studart (PV-CE), que a considerou pouco abrangente.
O parlamentar, que é vegano, criticou a limitação da proibição a cães e gatos e queria estender o alcance da proposta a todos os animais.
“Como vegano que defende todos os animais, sou contra separarmos os cães e gatos. Todos sentem dor e a picada da agulha da tatuagem, para a vaidade e o ridículo do ser humano que quer ver o animal enfeitado com dizeres e imagens que não representam nada”, explicou. Célio Studart lembrou que tatuadores costumam treinar seu ofício em porcos.