Líder do governo na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (UB) criticou o momento atual do União Brasil em Mato Grosso, o qual alegou estar “sem comando”. Ele ainda afirmou que estuda deixar a sigla em busca de maior apoio.
Dilmar lembrou que, antes do União Brasil ter sido homologado, em fevereiro deste ano, já havia um "combinado" de que o ex-deputado federal e suplente de senador, Fábio Garcia, iria comandar a legenda provisoriamente.
Entretanto, segundo Dilmar, a criação da diretoria provisória não foi encaminhada e acaba prejudicando o momento de articulações para as eleições de outubro.
“Eu estou fazendo a minha parte. Sempre ajudei o partido e continuo ajudando, mas, se não achar um mecanismo, fica difícil para mim, para o próprio deputado Botelho… Eu tenho defendido a permanência, mas eu tenho mais duas semanas e vou analisar isso”, confessou o parlamentar nesta quarta-feira (16).
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Desde o ano passado Dilmar é um dos líderes do Democratas que já criticava a falta de movimentação do partido para tentar viabilizar as chapas de candidatos a deputados estaduais e federais. E, embora dirigentes como Fábio Garcia afirmem que essa parte já foi parcialmente resolvida, os parlamentares garantem que ainda é preciso muita conversa para fechar o grupo.
Dilmar, aliás, revelou mágoa em relação à composição das chapas e comentou que, em uma das últimas reuniões do União Brasil, o grupo teria lhe culpado pela dificuldade de atrair nomes fortes para as composições.
“Talvez, no pensamento deles, eu tenho votos suficientes para voltar à Assembleia. Eu gostaria de permanecer no partido, da mesma maneira que, eu tenho certeza, o ex-governador Júlio Campos gostaria de permanecer. Estamos tentando ver como que faz para se manter ou ir para uma reeleição de forma segura, mas hoje não temos nem uma provisória no partido dentro do Estado”, desabafou.
A indignação do deputado já foi levada para o governador Mauro Mendes (UB), que tenta apaziguar todos os “princípios de incêndio” levantados na sigla. Isso porque, além de Dilmar, outro aliado de primeira hora do governador também estaria analisando trocar a sigla em busca de um projeto mais viável para chegar à Assembleia.
A expectativa é que os líderes se reúnam juntamente com Fábio Garcia, para discutir o assunto nos próximos dias. Enquanto isso, Dilmar segue em diálogo com o Progressistas, o MDB e o PSDB em busca de espaço para seu projeto de reeleição. O prazo final para as mudanças e filiações partidárias é 2 de abril.