METRÓPOLES
A proposta era simples e aparentemente vantajosa. Em troca de visualizações e likes em vídeos estrangeiros, uma plataforma digital pagaria rendimentos aos clientes que movimentassem o fluxo de curtidas, chegando a monetizar R$ 2 por cada clique. O esquema de pirâmide financeira virtual desenvolvido por um grupo de estelionatários fez, no entanto, centenas de vítimas em vários estados e no Distrito Federal, deixando rastro de prejuízo.
Diversas ocorrências registradas na Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) envolvendo os golpistas revelaram como funcionava o programa de investimentos batizado de “Mercado Good”. A fim de garantir a filiação, o interessado precisava aderir a um plano, que variava de R$ 120, no modelo mais básico, a R$ 99 mil, com a promessa de vultosos retornos. Para cada tarefa cumprida, o cliente recebia uma quantia que poderia ser sacada por meio da plataforma.
A Máfia dos Likes mantinha uma dinâmica de tarefas – com duração de 12 meses – e seguia um protocolo no momento de inserir cada uma das pessoas captadas por meio de redes sociais e grupos de WhatsApp. Os pagamentos eram realizados via PIX. Após fazer o cadastro e quitar o plano, o cliente era inserido no grupo com outros integrantes. Todos os administradores usavam telefones com o DDD 11 (São Paulo).