30 de Agosto de 2021, 20h:00 - A | A

Nacional / 7 DE SETEMBRO

Justiça contraria Doria e libera manifestações pró e contra Bolsonaro em SP

A manifestação do Dia da Independência tem sido vista com ressalvas pelas autoridades

FOLHAPRESS



Apesar da proibição do governador João Doria (PSDB), uma decisão da Justiça nesta segunda-feira (30) garantiu aos grupos de oposição a Jair Bolsonaro o direito de realizar manifestação no vale do Anhangabaú, na capital paulista, no dia 7 de setembro.

No mesmo dia, apoiadores do presidente marcaram um ato na avenida Paulista. A manifestação do Dia da Independência tem sido vista com ressalvas pelas autoridades devido às ameaças golpistas incentivadas por Bolsonaro, além tensão causada pela anunciada presença de policiais militares à paisana no protesto. Diante desse cenário, Doria chegou a afirmar, na semana passada, que manifestações contrárias a Bolsonaro não poderiam ocorrer no dia 7 em nenhum local do estado de São Paulo.

Em sua decisão, o juiz Randolfo Ferraz de Campos foi enfático ao afirmar que “ninguém tem poder para vetar reuniões”. A decisão ainda afirma que o governo de São Paulo deve garantir a segurança dos manifestantes. A proibição de Doria foi atacada por especialistas da área do direito e políticos de partidos de esquerda, que apontaram inconstitucionalidade.

Tanto organizadores dos atos de esquerda como os da direita têm reuniões marcadas com a Polícia Militar para tratar dos protocolos das manifestações. Apesar da separação geográfica, há risco de conflitos entre grupos antagônicos em estações de metrô e praças usadas como ponto de encontro, por exemplo. O cenário deixa em alerta o comando do policiamento e os próprios articuladores de manifestações.

O ato de esquerda, planejado pela Campanha Fora Bolsonaro, foi inicialmente convocado para a própria avenida Paulista. Como uma decisão judicial do ano passado determina o revezamento do local para atos pró e contra Bolsonaro, o entendimento da PM foi o de que era a vez da situação ocupar o espaço.

A campanha contestou o entendimento da PM e abriu uma disputa pela Paulista. Depois de pressionar Doria na tentativa de reverter o quadro e fracassar, o grupo desistiu da briga e transferiu a concentração para o Anhangabaú.
Doria, eleito governador em 2018 com a dobradinha “BolsoDoria”, rompeu politicamente com o presidente e quer enfrentá-lo nas eleições presidenciais de 2022.

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