15 de Julho de 2021, 18h:10 - A | A

Nacional / CPI X MILITARES

“Parece que estamos num 7 de Setembro da corrupção”, ironiza senador

Humberto Costa usou as redes sociais para criticar as diversas menções a militares em supostas irregularidades no Ministério da Saúde

METRÓPOLES



O senador Humberto Costa (PT-PE) ironizou, nesta quinta-feira (15/7), as diversas menções a militares durante o depoimento do representante da Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho, à CPI da Covid-19 supostamente envolvidos em negociações irregulares no Ministério da Saúde.
“É tanto militar citado nessas negociatas escusas que parece que estamos num 7 de Setembro da corrupção”, escreveu o petista, no Twitter.
Carvalho citou ao menos cinco militares envolvidos nas negociações, quando esteve no Ministério da Saúde no último dia 12 de março.
“Me levaram ao Ministério da Saúde: o reverendo Amilton [de Paula], o [Luiz Paulo] Dominguetti, o coronel Helcio Bruno, do Instituto Força Brasil. Lá, nós estivemos, dentro do ministério já, nas dependências do ministério, com o coronel Boechat, coronel [Marcelo] Pires e com o coronel e [ex-]secretário[-executivo] Elcio Franco”, declarou.
Antes, o coronel Marcelo Blanco, ex-assessor do Ministério da Saúde, já havia sido citado como partícipe do encontro entre Dominguetti e o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, em que supostamente houve o pedido de propina de US$ 1 por dose. Carvalho afirmou que Dominguetti não mencionou propina, mas “comissionamento” do “grupo do Blanco”.
Carvalho chegou ao depoimento amparado por um habeas corpus, concedido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, que lhe permite ficar em silêncio em questões que o autoincriminem. O magistrado, todavia, negou o pedido de Carvalho para não comparecer a oitiva.
Em decisão proferida na terça-feira (13/7), Fux destacou que cabe ao depoente o direito de avaliar o que pode ou não autoincriminá-lo. Pontuou ainda que a CPI da Covid pode decidir se Carvalho abusa ou não do direito fundamental ao silêncio. Com isso, a comissão poderá adotar as providências que julgar cabíveis.

Este é o último compromisso oficial do colegiado antes do recesso parlamentar.

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