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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga , afirmou nesta segunda-feira que a pasta deve comprar CoronaVac para crianças e jovens de 3 a 17 anos. Contudo, a disponibilidade das doses está condicionada à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão deve sair ainda neste mês.
Segundo o Instituto Butantan, já há 12 milhões de doses de CoronaVac prontas, à disposição do governo. Não há diferenciação entre as doses para crianças e para adultos.
"Uma vez havendo a aprovação da Anvisa, como de costume, o ministério vai usar o inteiro teor dessa aprovação para que essa ou qualquer outra vacina que seja aprovada para qualquer faixa etária seja disponibilizada para a população brasileira", afirmou à CNN.
Quando perguntado se há possibilidade de uso de outra vacina no público infantil, Queiroga jogou a responsabilidade para a Anvisa, A resposta vem no aniversário de um ano de vacinação contra a Covid-19 no Brasil e em meio à escalada na crise entre a agência, o governo federal e o Ministério da Saúde.
"As vacinas precisam ser aprovadas pela Anvisa. No mundo todo, se aplicam as vacinas de vírus inativado, mas elas não foram aprovadas no Brasil. A Anvisa faz parte de um rol de agências que tem um patamar de exigência de mais segurança nas suas análises e essas análises são feitas, como, por exemplo, na Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), no FDA (Food and Drugs Administration) e essas agências que têm esse tipo de análise qualificada só aprovaram uma vacina para crianças nessa faixa etária", declarou o ministro.
Até o momento, o único imunizante aprovado para crianças e jovens no Brasil é o da Pfizer, liberada a partir dos 5 anos de idade. O ministério deve receber 4,3 milhões de doses em janeiro. Ao todo, 20 milhões já foram contratadas, o suficiente para aplicar apenas a primeira dose no público dessa faixa etária.