JORNAL DE BRASÍLIA
O relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), não vai mais entregar o relatório final do colegiado na próxima sexta-feira (24). A busca e apreensão na sede da Precisa Medicamentos, na última sexta-feira (17), deve dar mais trabalho aos parlamentares.
A CPI pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizasse a Polícia Federal a ir à sede da Precisa porque, segundo os senadores, a farmacêutica brasileira se negou a fornecer documentos necessários para as investigações. Dentre as informações que a CPI busca está o contrato entre a empresa e a Bharat Biotech, fabricante da vacina indiana Covaxin. A comissão apura que houve fraudes no acordo, que levaria o Ministério da Saúde a comprar doses do imunizante a preços mais altos em relação a outros contratos.
Assim, os senadores devem analisar os documentos apreendidos, e Renan Calheiros deve entregar o relatório na primeira semana de outubro. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), e o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), já defendiam o adiamento.
A CPI ainda tem depoimentos marcados e pode incluir novas oitivas antes do fim dos trabalhos. Embora Renan Calheiros queira entregar o relatório em breve, a comissão tem prazo de funcionamento até novembro.]
Em seu relatório, Renan irá incluir o pedido de indiciamento de Bolsonaro por prevaricação por não ter pedido investigação ao receber, do deputado Luis Miranda (DEM-DF), informações sobre negociações irregulares na compra da vacina Covaxin.