RACHEL SCHRAER E WANYUAN SONG
BBC REALITY CHEK
Sem vacinas e remédios, a Coreia do Norte tem sido duramente atingida pelo avanço da covid-19. Mais de 2 milhões de pessoas adoeceram e pelo menos 65 pessoas morreram, mas o governo central de Pyongyang tem chamado a doença apenas de "febre", segundo a imprensa estatal.
No início do ano 2020, o país fechou suas fronteiras para tentar isolar o país da pandemia que afetava o resto do mundo. A Coreia do Norte compartilha fronteiras terrestres com a Coreia do Sul e a China, que registraram grandes surtos. A China agora está enfrentando uma onda de ômicron, com lockdowns em suas principais cidades.
Mas até hoje as autoridades da Coreia do norte têm rejeitado apoio médico estrangeiro.
Analistas apontam que norte-coreanos estão mais vulneráveis ao vírus devido à falta de vacinas e à precariedade do sistema de saúde. Um lockdown nacional está em vigor no país, mas não há informações precisas se a estratégia tem surtido efeito.
Além disso, a imprensa estatal disse que o líder do país, Kim Jong-un, tem responsabilizado autoridades de saúde por "atrapalhar" a distribuição das reservas nacionais de medicamentos.
O BBC Reality Check tem monitorado a mídia controlada pelo governo norte-coreano, que tem recomendado diversos tratamentos tradicionais contra doenças comuns, como chá quente e gargarejo com água salgada, mas sem eficácia comprovada contra a covid-19. Leia mais em Terra