CNN
As forças ucranianas vão continuar na defesa da cidade de Mariupol mesmo com o ultimato russo, disseram oficiais da cidade neste domingo (17).
Um conselheiro do prefeito de Mariupol respondeu aos comentários do Ministério da Defesa russo, que pediu aos soldados da cidade que se rendessem, dizendo que as forças ucranianas continuariam a lutar.
“Na noite de sábado, os invasores disseram que eles iriam formar um ‘corredor da rendição’ para as tropas restantes”, escreveu Petro Andriushchenko no Telegram. “Mas nossos defensores continuam a manter suas posições hoje”, concluiu.
Em resposta, o Ministério da Defesa da Rússia ameaçou com a “eliminação” dos soldados da resistência que ainda lutam ao confirmar que o ultimato foi ignorado.
Mariupol, uma cidade portuária estratégica no Mar de Azov, está no meio de um avanço russo para levar suas forças ao leste e sul da Ucrânia. Estimativas dão conta que 100 mil pessoas permanecem na cidade e em seus arredores — que estariam sob controle russo, com tropas ucranianas confinadas a pequenos bolsões de resistência.
Andriushchenko também afirmou que a luta contra os russos continua no local da siderúrgica Azovstal, um bastião das forças ucranianas em Mariupol.
“Apesar do desejo dos ocupantes de mostrar que o lugar das hostilidades se limita à usina siderúrgica Azovstal, isto não corresponde à realidade”, disse ele. “Ontem à noite houve lutas na rua Taganrog, que fica a cinco quilômetros de distância da Azovstal”.
Ele disse que “durante as lutas, os ocupantes saquearam casas residenciais particulares com artilharia pesada novamente. O bombardeio da área portuária também continuou”.
A CNN não pôde confirmar imediatamente os combates em outro lugar em Mariupol.