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11 de Outubro de 2021, 13h:39 - A | A

Poderes / FARRA DA COPA

Acusado de desvio, ex-secretário depõe sobre compra de bondinho para Chapada

O MPE pediu que os acusados façam o ressarcimento aos cofres públicos na ordem de R$ 575,5 mil, referente ao dano calculado inicialmente, com a compra do teleférico.

CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO



O juiz Bruno D'Oliveira Marques, da Vara de Ação Civil Pública e Popular de Cuiabá, marcou para 9 de fevereiro de 2022 audiência com o ex-secretário de Estado Yuri Alexey Vieira Bastos Jorge e outros quatro, acusados de desvio de recursos na compra de um teleférico.

Na ação, movida pelo Ministério Público Estadual (MPE) em 2017, também respondem Vanice Marques (ex-secretária adjunta), Deocleciano Ferreira Vieira, José Valdevino Vilela, Maria José de Souza e a empresa Zucchetto Máquinas e Equipamentos Industriais Ltda – ME.

O MPE pediu que os acusados façam o ressarcimento aos cofres públicos na ordem de R$ 575,5 mil, referente ao dano calculado inicialmente, com a compra do teleférico. O projeto previa 30 bondinhos com dois lugares para percorrerem uma distância de 1,5 quilômetro até a Serra do Atimã.

De acordo com o Ministério Público, o caso começou em 2009, quando a Secretaria Estadual de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur), que era chefiada por Yuri, lançou a licitação para instalação dos teleféricos em Chapada dos Guimarães (70 km de Cuiabá). À época, tratava-se de um investimento para a Copa do Mundo de 2014, sediada em Cuiabá, na ordem de R$ 6 milhões.

Por falta de licença ambiental, graças a uma dispensa liberada pelo Estado, o MPE acionou a Justiça pedindo o cancelamento do contrato. O governo, depois, conseguiu as licenças, mas anunciou a rescisão do contrato pouco depois, por falta de tempo hábil para a construção do teleférico.

Em 2015, Yuri chegou a ser condenado pelo Tribunal de Contas do Estado a devolver os 575,5 mil reais que haviam sido pagos para a empresa Zuccheto Máquinas e Equipamentos Industriais, que iria tocar a obra, pela compra dos bondinhos. Entretanto, ele conseguiu reverter a condenação em 2016.

Apesar disso, em 2017 o MPE acionou a Justiça pedindo a condenação por improbidade administrativa dos envolvidos.

A audiência, agendada para 2022, deve ser realizada de forma virtual.

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