DO CONEXÃO PODER
Ao mesmo tempo em que ocorria nesta terça-feira, 28, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, audiência para que o ministro da Justiça, Flávio Dino, explicasse inconsistências levantadas pela oposição sobre sua gestão, a deputada Federal Amália Barros (PL-MT) cobrou, da tribuna da Casa, respostas sobre diversos assuntos espinhosos ao ministro.
Ela questionou o que Dino tem feito durante os quase 100 dias à frente da pasta. Também sobre a suposta ligação do PT com o PCC e os ataques do ministro a parlamentares que aventaram essa possibilidade.
Segundo ela, o ministro ofendeu o trabalho de fiscalização dos deputados oposicionistas ao afirmar que a imunidade parlamentar não protege canalhice. “E o que é essa canalhice, Sr. Ministro? Estamos fazendo o nosso trabalho!”, indignou-se a parlamentar.
Ao prestar solidariedade à deputada Rosângela Moro e sua família, Amália questionou ainda o silêncio de Dino sobre as declarações de Lula, que colocaram em xeque a seriedade das investigações da própria Polícia Federal – que é subordinada ao ministério –, no caso das ameaças ao senador Sérgio Moro.
“Lula quis descredenciar todo o trabalho investigativo, após manifestar um desejo de vingança, quebrando o decoro presidencial – e aqui não vou repetir o que ele falou – e chamando toda essa lamentável ameaça de armação”, discorreu.
Ao final de seu pronunciamento, a deputada federal voltou a condenar a tentativa do Governo Federal de tentar evitar o início de uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre os atos terroristas do dia 8 de janeiro.
“Por que o seu presidente e seu ministério simplesmente querem abafar a nossa CPMI, chegando a oferecer barganhas de cargos e emendas a nós, deputados? O que vocês tem a esconder?”, questionou Amália.