APARECIDO DO CARMO
DO CONEXÃO PODER
A deputada federal Amália Barros (PL) disse que as invasões do MST ocorridas essa semana na Bahia causam indignação. A parlamentar mato-grossense disse que o movimento age de forma criminosa e que conta com a conivência do governo federal. As declarações foram feitas ao RepórterMT nesta sexta-feira (03).
“Já imaginávamos que a questão dos conflitos agrários poderia se intensificar no desgoverno Lula, justamente pelo histórico de apoio ao MST, mas não imaginávamos que seria assim, logo de início. O tal do ‘Carnaval Vermelho’ foi um absurdo, como todos puderam ver”, disse a deputada.
Amália citou como exemplo o caso da empresa Suzano, que cultiva eucalipto. Segundo ela, as propriedades estão sendo depredadas numa flagrante violação do direito à propriedade privada.
“Vale lembrar que houve uma redução de mais de 500% na média anual de invasões quando o PT esteve fora do poder. Sem o governo do PT, foram batidos recordes de entrega de documentos para regularização de terras. Ao longo dos últimos quatro anos, foram cerca de 400 mil títulos, ou seja, média de 100 mil por ano — a maior da história. Enquanto isso, Lula escolheu Rose Rodrigues, militante do MST, para comandar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Triste!”, resumiu.
Para a parlamentar, há conivência do governo de Luiz Inácio Lula da Silva com as invasões promovidas pelos Movimento dos Sem Terra. A parlamentar ressaltou que tomará as medidas cabíveis para impedir a ação do MST.
“Justamente pela conivência com esse tipo de atitude criminosa. E repito: já imaginávamos que aconteceria, e nos surpreendemos, ainda assim, por isso acontecer tão rapidamente. Com certeza faremos nosso papel fiscalizatório, tomaremos medidas cabíveis, enfim...Todo um bom trabalho feito anteriormente não poderá ser desfeito dessa forma. Principalmente no Estado que represento, Mato Grosso, que é solução para nossa Economia e celeiro do mundo”, disse.
Sobre a declaração do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), que disse que era preciso acabar com o preconceito contra o MST, a parlamentar disse que não existe “pré-conceito”, mas um “pós-conceito”.
“Eles têm agido de forma criminosa há muito tempo, e ponto final. Todos têm direito a um pedaço de terra, claro. Assim como todos têm direito a empreender. O que as pessoas não têm direito é de tomar o que é do outro com violência e despropósito, especialmente quando esse outro paga impostos, emprega e age de forma sustentável”, concluiu.