DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER
O analista político Onofre Ribeiro afirmou ao RepórterMT, em uma nova análise política, que para conseguir a única vaga ao Senado Federal, não é inteligente que os candidatos em Mato Grosso "colem" na imagem dos candidatos à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para conseguir capilaridade em seus projetos.
Em Mato Grosso, seis vão disputar o pleito em outubro. Sendo eles; o senador Wellington Fagundes (PL), o deputado federal Neri Geller (PP), Antônio Galvan (PTB), José Roberto (Psol), Kássio Coelho (Patriota) e Feliciano Azuaga (Novo).
Onofre explicou que, quem vai traçar os destinos são os próprios candidatos, mas que deixar suas candidaturas nas mãos de terceiro é muito arriscado.
"Se o Neri colar de corpo de alma com o Lula aqui em Mato Grosso, é um tiro no pé. Em Mato Grosso, o PT não elege, então, todo mundo sabe disso é histórico", declarou.
"Wellington não trafega em um monte de áreas do Estado, como por exemplo, no agronegócio. Então, não basta a proximidade com o Mauro e com o Bolsonaro, ele vai ter que puxar um caminho dele", explicou.
No entendimento dele, os candidatos devem fugir dessa polarização que envolve as eleições presidenciais, para buscar a vitória, tendo em vista que Neri e Wellington não devem 'herdar' votos nem do Lula e nem do Bolsonaro.
“Tem uma coisa curiosa, muito dificilmente o Bolsonaro transferirá votos significativamente para o Wellington e nem o Mauro. A mesma o Lula e a Márcia para o Neri. O Galvan está caçando um caminho sozinho e eu penso que é o que está mais certo”, ponderou Onofre.
Bolsonarista raiz
Um exemplo disso, aconteceu esta semana durante um evento de abertura dos jogos olímpicos das escolas militares, em Mato Grosso. Durante entrevista com a imprensa, o senador Wellington Fagundes foi hostilizado por um apoiador do presidente.
“O senhor passou sua vida política todinha no palanque com o PT, PC do B, PSOL e agora, do dia para a noite, o senhor segue bolsonaristas”, disparou.
“O senhor vai para onde o vento é forte, senador”, criticou”. O candidato ao Senado vem enfrentando críticas desse tipo desde que migrou do PR para o Partido Liberal.
