Analista diz que críticas ao 'imbrochável' não passam de mimimi e prevê crescimento de Bolsonaro nas pesquisas

Conexão Poder

De acordo com Onofre, Bolsonaro fez um discurso inclusivo do ponto de vista eleitoral.

DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER

O jornalista e analista político Onofre Ribeiro falou nesta quinta-feira (08), ao Conexão Poder, sobre a repercussão das manifestações de 7 de Setembro e as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL). Para ele, as críticas ao discurso com coro de 'imbrochável' não passão de "mimimi da oposição". Além disso, ele previu um crescimento do candidato à reeleição nas próximas pesquisas diante das manifestações de apoio.

"Isso é mimimi; é o politicamente correto e é natural que a oposição queira desconstruir o discurso dele. O 'imbrochável', primeiro que essa palavra nem existe e segundo é mimimi é o politicamente correto tentando desviar a discussão, não tem significado nenhum”, explicou.

O presidente discursou em Brasília após o desfile de 7 de Setembro em comemoração ao Bicentenário da Independência do Brasil na quarta-feira (7). O ato reuniu mais de um milhão de pessoas na Esplanada dos Ministérios.

De acordo com Onofre, Bolsonaro fez um discurso inclusivo do ponto de vista eleitoral.

“Ele falou para a população toda dentro daquilo que ele imagina sempre que é Deus, pátria, família e liberdade. Então ele falou para o público que já é bolsonarista e falou para os demais e contemplou as pautas difusas. (...) Isso serviu para diminuir as intenções de votos dos indecisos. Eu penso que as próximas pesquisas vão trazer um outro quadro e ele vai subir muito”, previu.

Ele aponta que os atos que aconteceram em todo Brasil não serviram apenas para apoiar o presidente, mas sim para mostrar a resposta da população a diversas pautas, mostrando o amadurecimento da população politicamente.

“A demonstração política em favor do presidente da República não foi o mais relevante. O mais relevante foi que as pessoas foram às ruas diferente do ano passado, quando tinham faixas 'abaixo STF', 'abaixo a corrupção' e este ano quase não houve faixas”, disse.

“As pessoas foram por uma razão difusa, um conjunto de coisas como apoio ao presidente, combate à corrupção, insatisfação como Supremo, insatisfação com o Congresso, insatisfação com a inflação, insatisfação com a ineficiência do Estado, contra as frustração que vieram com a covid-19, contra o desemprego, contra o petróleo alto, contra comida alta então você vê que o difuso é muito maior do que o conteúdo político da manifestação de apoio ao presidente”, emendou.

Em Mato Grosso, diferentemente da temática nacional e por ser um Estado considerado mais bolsonarista, as milhares de pessoas foram às ruas para demonstrar apoio ao Bolsonaro.

“Mato Grosso é um Estado mais bolsonarista e aqui foi um pouco menos difuso, foi muito de apoio ao presidente. A pauta difusa foi menor, embora tenha tido também, mas foi mesmo de apoio ao presidente”.

Para o analista, “não há dúvidas” de que todo esse movimento também serviu para fortalecer a candidatura à reeleição do presidente.

“Ele tem falado de Deus, pátria, família, valores e isso ficou como uma pauta dele (Bolsonaro), ninguém pode negar. E as ruas falaram muito disso, valores, patriotismo porque o 7 de Setembro é patriotismo, então o Bolsonaro ganha no objetivo e subjetivo. Aqueles que vão em apoio a ele certamente apoiam as pautas de Deus, pátria e família. Aqueles que foram pelo patriotismo foi em cima dessas agendas também e na hora de votar, isso amplia a votação também”.