09 de Junho de 2024, 10h:37 - A | A

Poderes / MORATÓRIA DA SOJA

Antônio Joaquim critica imposição estrangeira ao Brasil: Não vamos repetir as bobagens que o Mercado Europeu fez, temos eles como exemplo

Conselheiro do TCE-MT defendeu que Estado brasileiro intervenha em favor dos produtores.

DO CONEXÃO PODER



O conselheiro Antônio Joaquim, do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE), apontou que o Brasil, enquanto país soberano, não precisa ser tutelado pelos países europeus no que diz respeito à preservação ambiental. A fala foi feita em evento que discutiu os efeitos da moratória da soja e da carne para a economia de Mato Grosso, realizado na última semana.

Antônio Joaquim apontou que Mato Grosso tem 66% do seu território preservado, conforme o que estabelece a legislação brasileira, enquanto na Europa esse percentual é de 5%, o que demonstra uma incoerência entre as ações e o discurso imposto aos produtores brasileiros.

“É como aquela ideia que a gente tem: se eu fiz tudo errado, eu quero que o meu filho faça tudo certo. Eles fizeram tudo errado, até porque eles têm centenas de anos antes de nós começarmos aqui. Lá é uma civilização de 500, de 800, de 1000 anos. Aqui nós começamos a explorar as nossas lavouras há 100 anos, no máximo. Eles abusam das bobagens que fizeram e acham que nós vamos fazer a mesma coisa. Nós não vamos fazer, até porque nós temos como exemplo as bobagens que eles fizeram e não vamos repeti-las”, disse o conselheiro.

 

 O conselheiro ressaltou que é impossível preservar 100% do território, porque ele é usado para gerar riquezas e melhorar as vidas das pessoas e que não é possível aceitar que estrangeiros imponham suas regras aos brasileiros.

 

 “Nós somos uma nação soberana, nós temos as pessoas para sobreviver. É preciso explorar uma parte do nosso território para poder produzir riqueza e melhoria de vida para os nossos cidadãos. É necessário ter um pedaço da terra disponível para produção”, afirmou.

 

 O conselheiro apontou o risco de haver oligopsônio na comercialização de produtos do agronegócio. Trata-se de um cenário em que existem poucos compradores para um bem que é oferecido por diversos produtores. Isso, na visão de Antônio Joaquim, é danoso para a economia.

“Monopólio é uma empresa sozinha que manda no mercado. Oligopólio são poucas empresas que mandam no mercado. Oligopsônio são poucas empresas que compram de milhares de vendedores. Então, pode sim, se quiser, manipular o mercado. E aí o governo tem o dever de interferir”, disse.

Antônio Joaquim considera que ao estabelecer quem pode vender no mercado internacional as empresas, ongs internacionais e governos por trás da moratória da soja acabam criando uma “soja de segunda qualidade”.

“O mercado privado interfere na economia popular, nos interesses da economia popular, o governo tem um dever de regular”, reforçou.

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