CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
O conselheiro Antônio Joaquim descartou, nesta quarta-feira (30), deixar o Tribunal de Contas do Estado (TCE) para disputar o governo estadual. Segundo ele, porém, a decisão leva em consideração a falta de tempo hábil para um projeto de candidatura ao governo ganhar musculatura.
A informação foi revelada durante entrevista ao podcast GestãoCast, onde o conselheiro explicou que a possibilidade surgiu a partir de uma especulação feita por ele próprio, por meio de um interlocutor, ao senador Carlos Fávaro (PSD). Ele contou que viu na imprensa o parlamentar cogitando que seu grupo político poderia lançar um candidato, caso o governador Mauro Mendes (União Brasil) não começasse com os diálogos para as eleições.
Além de especular se teria chance de ser o candidato do grupo de Fávaro, o conselheiro ainda teria conversado com outros interlocutores paralelos, questionando sobre a viabilidade de um projeto ao governo estadual. Na entrevista, ele afirmou acreditar que um desses colegas teria repassado a informação à imprensa.
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“Perguntei se havia interesse e eu me disporia a renunciar nove anos que ainda tenho no Tribunal, o cargo é vitalício até 75 anos, só que o prazo teria que ser até quinta-feira para eu me aposentar e me filiar. Esse amigo fez na segunda de manhã. O senador ficou de sondar os outros líderes, e ontem, na terça, deu a resposta de que não havia a possibilidade de me adotarem como pré-candidato”, contou.
Na terça-feira (29), o RepórterMT já havia noticiado a possibilidade de o conselheiro aposentar para participar da campanha. Fontes da reportagem também já haviam garantido que Antônio Joaquim estaria empolgado, apenas aguardando convite de algumas lideranças.
Agora, Antônio Joaquim não escondeu a vontade de participar do pleito eleitoral e justificou a negativa do senador com o pouco tempo restante para o fortalecimento da campanha. Ele ainda afirmou que tem coragem de deixar o Tribunal para participar da disputa, mas pontuou que não entraria “em uma aventura”.
“Se houvesse uma base política dessa, eu entraria na disputa”, disse.
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