EUZIANY TEODORO
DO CONEXÃO PODER
Em setembro deste ano completam 6 anos desde a busca e apreensão na casa do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Antonio Joaquim, no âmbito da operação Malebolge, da Polícia Federal, em investigação que envolveu cinco conselheiros do TCE. Inocentado em 2021 e de volta ao cargo, o conselheiro buscou, agora, os últimos itens que foram levados pela PF naquele 14 de setembro de 2017.
"Seis anos atrás, a Polícia Federal cumpriu uma ordem de busca e apreensão na minha casa. Minha mulher dormindo, meu neto, minhas filhas e aquilo foi um choque terrível pra mim, porque eu era o único sujeito da face da Terra que tinha certeza absoluta que eu não devia nada. Não vou dizer nem que minha mulher tinha certeza, porque tem que ser eu, eu que era personagem e eu fiquei super revoltado."
A ação apurava suspeita de cobrança de propina durante o governo de Silval Barbosa, como constava na delação do ex-governador. No entanto, nada nunca foi provado, e todos os cinco conselheiros - Antonio Joaquim, Valter Albano, Waldir Teis, José Carlos Novelli e Sérgio Ricardo - voltaram aos cargos em 2021.
Antonio Joaquim afirma que a Operação Malebolge, que causou 3 anos e meio afastado do cargo, foi fruto de uma armação política, já que tinha interesse em se candidatar ao Governo na ocasião. O processo contra ele foi arquivado sem nenhuma denúncia oficial.
"Eu estava em Brasília e sabia na hora que era uma ação motivada por um interesse político de me prejudicar. Eu falava em ser candidato a governador naquela época, no ano seguinte. Foi uma coisa covarde que, se Deus quiser, não vai ficar impune. Tanto que depois de 5 anos teve que arquivar o processo sem nenhuma denúncia e hoje estou aqui, quase seis anos depois, pegando aí as minhas coisas que eu estou levando volta a minha casa, de onde nunca deveria ter saído", afirmou, em vídeo nas redes sociais.
Antonio Joaquim voltou ao cargo em fevereiro de 2021. Em maio de 2022, a investigação foi arquivada por falta de provas.
"Anos se passaram e esse vídeo conta capítulo derradeiro dessa história. Fiz questão de registrar o momento da devolução dos meus bens pessoais no mês de maio de 2023, para que as pessoas não se esqueçam que uma violência foi cometida há quase seis anos. Porque, posso até não sentir ódio ou mágoa, mas eu e minha família não vamos esquecer: não há injustiça que dure para sempre!", concluiu.