A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral, nessa quinta-feira (19), que seja desconsiderada em um processo a minuta de um decreto apreendida pela Polícia Federal na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que teria o mote de mudar o resultado das eleições presidenciais e determinava intervenção militar no TSE.
Na última segunda (16), o ministro Benedito Gonçalves incluiu a minuta em uma apuração sobre a reunião promovida por Bolsonaro com embaixadores, em julho de 2022, na qual o então presidente e candidato à reeleição teria contestado o sistema eleitoral. A ação de investigação judicial foi protocolada pelo PDT.
Os advogados de Bolsonaro alegam que o “documento apócrifo, juntado aos autos, não foi encontrado em posse dos Investigados, nem assinado por eles”.
Dizem, ainda, que a peça “tampouco indica quaisquer atos concretos ou ao menos indiciários de que tenham participado de sua redação ou agido para que as providências supostamente pretendidas pelo documento fossem materializadas no plano da realidade fenomênica".
Segundo o PDT, a minuta é um “embrião gestado com pretensão a golpe de Estado” e pode “densificar os argumentos que evidenciam a ocorrência de abuso de poder político". Leia mais em CARTA CAPITAL
