22 de Junho de 2022, 15h:18 - A | A

Poderes / "POR QUE NÃO FEZ ANTES?"

Após prisão de ex-ministro, Botelho diz que operações em período eleitoral deviam ser proibidas

Para presidente da ALMT, operações podem ser instrumento de manipulação das eleições

APARECIDO CARMO
DAFFINY DELGADO



O deputado Eduardo Botelho (União Brasil), presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, criticou o momento da prisão do ex-minsitro da Educação, Milton Ribeiro, que foi alvo da Polícia Federal, nesta quarta-feira (22). Para ele, operações policiais contra autoridades em período eleitoral deveriam ser limitadas a casos muito específicos, já que esse tipo de ação policial pode se transformar em instrumento de manipulação do processo eleitoral.

 

“Eu acho que toda investigação, todas essas operações que têm no momento eleitoral causam um certo impacto. Eu inclusive defendo que quando começar o processo eleitoral mesmo, a não ser que seja algo muito flagrante, não haja operações assim. Porque tem muita operação que é feita apenas com o intuito de prejudicar a eleição”, declarou a jornalistas na manhã desta quarta-feira (22).

Botelho usou ainda o exemplo da prisão prisão de um senador de Goiás, ocorrida às vésperas da eleição de 2018. Nesse caso, para Botelho, a ação foi uma clara tentativa de interferir no processo eleitoral.

“Aquilo é claramente com o sentido de influenciar a eleição. Ou não poderia esperar uma semana para fazer isso? Claro que poderia, a não ser que seja algo flagrante, aí tudo bem. (...) Estou dizendo especificamente de Goiás, aí vai uma semana antes da eleição e faz a operação. Aí espera uma semana, ou por que não fez antes?”, questionou.

 

NÃO MISTURAR AS COISAS

O deputado ressaltou ainda que não há comparações entre a discussão sobre o suposto esquema para influenciar o encaminhamento de recursos no Ministério da Educação e o repasse de emendas parlamentares dos deputados estaduais mato-grossenses a para realização de eventos com artistas nacionais. 

“A operação lá tem algo diferente do que está acontecendo aqui. Eles não eram parlamentares, eles não estavam destinando emendas, eles estavam apenas influenciando no encaminhamento de recursos. É diferente”, explicou.

 

O presidente destacou que diferente da discussão envolvendo o ex-ministro Milton Ribeiro, o que está em questão e Mato Grosso é a valorização da arte regional

“Os nossos artistas estão aqui no dia a dia, na noite cuiabana. E quando tem um evento eles são esquecidos, colocados de lado. Ou quando colocam, querem pagar um valor irrisório, como se fosse um favor estar abrindo o palco para eles cantarem. É isso que nós queremos mudar”, finalizou.

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