DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, cobrou na última terça-feira (28), uma atuação mais contundente dos Ministérios da Agricultura e Meio Ambiente do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra a Moratória da Soja e no combate às ongs e à suposta instalação de um 'cartel' de empresas no país, que estariam agindo para dominar as exportações, prejudicando os produtores rurais.
"Têm muitas ongs mal intencionadas no país e queremos ver atitude do Ministério da Agricultura, do Ministério do Meio Ambiente contra eles, porque estão sobrepondo nossa legislação”, disse.
“Ou seja, estão acima daquilo que é legal e penalizando a nós de maneira injusta. Nós precisamos acabar com isso e para isso precisa também da ação dos ministérios", emendou.
A Moratória da Soja se trata de um acordo firmado ainda em 2008, entre empresas de exportação, chamadas de signatárias. Este acordo prevê que as relações comerciais de exportação de soja sejam condicionadas à proibição de desmatamento em propriedades produtoras na região amazônica a partir do referido ano.
A normativa tem gerado bastante desconforto por parte de produtores rurais, já que a própria lei brasileira admite o desmatamento de até 20% das áreas totais de determinada propriedade situada na região.
Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, foi apresentado um Projeto de Lei 2256/2023, de autoria do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), que tem como objetivo central cortar os incentivos fiscais das empresas que aderirem a moratória da soja.
A proposta recebeu apoio total do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD). Ao ser questionado sobre a declaração, o presidente da Aprosoja defendeu abertura de novos mercados como alternativa para solucionar o problema.
"Acredito que as palavras deles foram boas, mas a gente precisa de ação e atitude, buscar abrir novos mercados e atrair empresas também para que a gente não fique refém somente desses empresas, para que a gente possa expandir a venda da soja brasileira para que a gente possa derrotar essa injustiça de uma vez por todas", disse.