APARECIDO CARMO
DO CONEXÃO PODER
O deputado federal Arthur Lira (PP-AL) foi reeleito presidente da Câmara dos Deputados em sessão realizada nesta quarta-feira (01). Lira era o favorito na disputa e conseguiu os apoios dos parlamentares da base do governo e também daqueles que são ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Todos os deputados federais mato-grossenses já haviam declarado apoio ao candidato vitorioso, como antecipou o RepórterMT.
Lira recebeu 464 votos contra 21 do seu adversário Chico Alecar (PSOL-RJ). Marcel van Hattem (Novo-RS), teve 19 votos. Cinco votaram em branco.
Ele abriu o discurso da vitória agradecendo aos 464 votos que o reconduziram ao cargo. "Um resultado que me impulsiona a seguir focado na condução de projetos para o país. Nesta casa a vontade da maioria sempre prevalece sem cercear os direitos da minoria. O Brasil é uma democracia madura que luta e defende a liberdade, direito ao contraditório e melhoria da vida do brasileiro".
Lira ressaltou que o direito à liberdade de expressão não pode ser um pretexto para ameaça ao regime democrático.
“Faço a defesa firme do nosso sagrado direito à liberdade de expressão desde que isso não represente uma ameaça ao único regime que nos concede esse direito, que é a nossa democracia", afirmou.
O parlamentar fez questão de ressaltar que jamais concordará “passivamente” com a invalidação dos atos da Câmara dos Deputados por tribunais superiores. A fala é entendida como um gesto aos parlamentares que se veem envolvidos em ações judiciais, especialmente no Supremo Tribunal Federal (STF).
Lira ressaltou que é o momento de “desarmar os espíritos”, “respeitar a opinião diversa” e lembrou que “é na conversa e no debate civilizado, e principalmente no voto, que se constrói a maioria”.
“Quero aqui com muita ênfase destacar aqui que se o plenário fala pela vontade da maior parcela de deputados, se eleito, jamais concordarei passivamente com a invalidação de atos, por recursos de uma minoria, em tribunais superiores”, disse.
Com relação ao Poder Executivo, o deputado disse que espera manter “não uma relação de subordinação, mas um pacto para aprimorar e avançar nas políticas públicas”.