DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER
O deputado federal eleito, Coronel Assis (União Brasil), detonou o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que revogou e alterou as normas estabelecidas durante do Governo de Jair Bolsonaro (PL), no que diz respeito à posse e porte de armas no Brasil. Para ele, encarar o tema como problema ou tabu é um "retrocesso".
"Não é mais viável encarar este tema de forma superficial ou como tabu. Como um especialista em segurança pública, garanto que encarar o armamento civil como um problema é um retrocesso”, declarou.
O novo decreto assinado pelo petista foi anunciado no domingo (1º), logo após tomar posse como presidente. O texto foi publicado no Diário Oficial da União na segunda-feira (02) e já está em vigor.
Em linhas gerais, o decreto reduz o acesso às armas e munições e suspende o registro de novas armas de uso restrito de Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs). Além disso, suspende as autorizações de novos clubes de tiro até a edição de nova regulamentação.
Assis que foi comandante da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso destacou que o crime organizado tem em sua posse um arsenal gigantesco que não é possível mensurar e nem controlar e que ao contrário disso, os CACs são controlados pela Polícia Federal e Exército.
“Alguém saberia me dizer quanto de armamento o crime organizado tem na baixada cuiabana ou no Estado de Mato Grosso, ou no Brasil? Quem controla isso? Ninguém. Por outro lado, os CACs são controlados pela Polícia Federal e pelo Exército, que registram o número do armamento, onde e quando comprou, quantidade de munição, quantidade de vezes que foi ao clube de tiro e até o acervo onde ele se encontra georreferenciado. Mas se por outro lado, se alguém perguntar onde se encontra o paiol da facção que atua na baixada cuiabana, ninguém sabe, e esses criminosos têm fuzil, submetralhadora, espingarda de combate, revólver, tudo quanto é tipo de armamento”, afirmou.
“No Governo Bolsonaro, o armamento civil passou a ser debatido e compreendido pela sociedade como uma garantia eficaz do direito à autodefesa. Sem contar que os clubes de tiro se tornaram espaços familiares onde existe a prática esportiva do tiro, além de treinamentos", acrescentou. (Com informações da assessoria)