08 de Janeiro de 2024, 08h:33 - A | A

Poderes / ATOS DE 8 DE JANEIRO

Assis: Instrumentalização da esquerda levou ao indiciamento de 61 pessoas, sem direito à defesa

Nesta segunda-feira (08), completa-se um ano das invasões às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER



Nesta segunda-feira (08), completa-se um ano das invasões às sedes dos Três Poderes, em Brasília. Na época, milhares de pessoas, 'ligadas' ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram presas. Em entrevista ao RepórterMT, o deputado federal Coronel Assis (União Brasil) detonou a "instrumentalização" promovida pela esquerda nas investigações conduzidas sobre o caso.

Uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos foi instaurada no ano passado. O relatório final das investigações, apresentado em outubro, resultou no pedido de indiciamento de 61 pessoas, entre elas Jair Bolsonaro, ex-ministros e assessores.

O resultado foi duramente criticado e desacreditado, pela direita brasileira. Para muitos, ele não reflete a verdade dos fatos, já que alguns apontam o envolvimento de apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos ataques.

Assis explicou que não participou das investigações na CPMI, mas lamentou o trabalho e a falta de esclarecimento.

"Lamentavelmente vimos uma instrumentalização política por parte da esquerda que resultou em um relatório que pediu indiciamento de 61 pessoas. Eu não participei dessa CPI, mas lamento a falta de esclarecimentos que ocorreram durante os trabalhos da Comissão", declarou Assis.

O parlamentar também lembrou sobre os julgamentos conduzidos no Supremo Tribunal Federal (STF), que foram realizados, segundo ele, em blocos, não garantindo o direito da individualização das acusações aos envolvidos e ou ampla defesa.

"Ao longo do último ano vimos muitos problemas envolvendo o julgamento dos acusados do dia 8 de janeiro, principalmente o cerceamento da defesa, acusações em bloco, assim como padronização de penas, o que fere o princípio da individualização da pena", criticou.

Por fim, Assis destacou esperar que o Judiciário promova corretamente o julgamento dos demais supostamente envolvidos, para que não aconteça o mesmo "como aconteceu com o Cleriston Pereira da Cunha, que morreu em novembro de 2023, após ter um mal súbito no Complexo Penitenciário da Papuda".

"Espero que o Poder Judiciário garanta ampla defesa aos que estão sendo julgados no STF, e que haja a devida atenção às garantias, principalmente, de homens e mulheres idosos e com problemas de saúde", finalizou.

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