26 de Outubro de 2021, 09h:34 - A | A

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Barbudo: Aras deve arquivar CPI; Nada incrimina Bolsonaro

Relatório da CPI da Covid foi lido no Senado no último 20 de outubro. Texto vai ser votado nesta terça-feira

CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO



O deputado federal Nelson Barbudo (PSL) defende que o procurador-geral da República, Augusto Aras, arquive o relatório produzido pela CPI da Covid, lido no Senado Federal na semana passada. O texto sugere o indiciamento de duas empresas e 70 pessoas, dentre elas o presidente Jair Bolsonaro e o cuiabano Danilo Trento.

Defensor ferrenho de Bolsonaro, o parlamentar criticou a atuação dos senadores que compuseram a CPI e avaliou que a comissão teria sido montada exclusivamente com cunho político. Ele chegou a dizer que, “para ser um circo, só faltou uma lona”, e sugeriu que o relatório final já estava pronto antes mesmo da finalização dos trabalhos.

“Eu espero que o procurador-geral da república, com sua consciência apurada, e como ele é um homem que leva o Direito à regra, ele deverá arquivar, porque não tem fundamento,não tem nada que incrimine o presidente”, defendeu Barbudo.

De acordo com o relatório, produzido por Renan Calheiros (MDB), Bolsonaro pode responder por crime de epidemia com resultado de morte, infração de medidas sanitárias preventivas, emprego irregular de verba pública, incitação ao crime, falsificação de documentos peculiares, charlatanismo, prevaricação e crime contra a humanidade.

“Quem vai avaliar é o PGR. A CPI não abre inquérito, não processa, ela simplesmente leva os fatos e o PGR é que vai analisar o que pode ser feito e decidir pelo seguimento ou arquivamento”, ressaltou Barbudo, que acrescentou ter sido contrário à CPI.

“Na minha visão, ela nem deveria existir, porque, para o circo, faltou a lona, e para hospício faltou cercar. Mas ela é de direito do Senado e nós vimos o que vimos, uma palhaçada com sete senadores tentando a qualquer custo incriminar o presidente da República”, criticou.

O relatório final da CPI, apesar de ter sido apresentado por Renan Calheiros na semana passada, ainda não foi votado. A expectativa é que o texto seja apreciado nesta semana e que a proposta de indiciamento contra Bolsonaro seja retirada.

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