CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
O ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (Progressistas) criticou a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva para as eleições de 2022, e afirmou defender uma terceira via para a presidência.
Blairo apontou a radicalização nos discursos em torno dos dois candidatos, e avaliou que, nos últimos tempos, tem sido difícil emitir qualquer opinião sobre a política brasileira. Ele ponderou que, se houvesse uma terceira via forte, “com oportunidade de discutir disputar”, talvez fosse possível uma distensão política.
“Eu sou partidário de uma terceira via, para sairmos dessa polarização que nos encontramos. Eu não acho isso salutar para o Brasil. Hoje, se você se posicionar contra Bolsonaro, você vira petista. Se for para outro lado, vira Bolsonarista. Não está dando nem para emitir opinião mais sobre a política, você vai para parede de qualquer maneira”, comentou o ex-ministro.
Apesar de citar a terceira via, Blairo ponderou não ter um nome para ser apontado como candidato possível a ocupar esse posto, de forma que consiga romper com essa polarização atual.
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Em conversa com a imprensa, ele chegou a ser questionado em relação ao nome do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, mas questionou se o ex-juiz teria a competência necessária para assumir o cargo.
“Eu não conheço o ministro Moro pessoalmente, nunca estive com ele, tenho respeito pelo trabalho que ele fez, mas, agora, eu acho que não só no Brasil como em todas as áreas da administração, deveriam ter mais cuidado na hora de escolher seus candidatos e quem nós, como população, vamos escolher como presidente”, colocou.
Blairo citou que, assim como as empresas privadas procuram para preencher vagas os candidatos com maior aptidão, e que saibam executar o que é necessário para a vaga, da mesma forma deveria ser a escolha na política.
Ele citou que, no caso do Brasil, seria necessário diálogo, planejamento, sequência, resiliência e confiança, além de uma política de longo prazo.
“Tem que fazer com que todo mundo siga e saiba no que que vai dar. Que nós possamos confiar naquele mandatário porque, o que ele está dizendo hoje, vai acontecer lá na frente, e isso nós não temos hoje. Então traz toda essa preocupação, esses problemas que temos na economia e na política brasileira", avaliou.
Apesar de ponderar que o Brasil não está no seu modelo ideal de política, Blairo confirmou que o Progressistas nacional deve seguir com o presidente Jair Bolsonaro em um projeto de reeleição. Isso porque o presidente da sigla, Ciro Nogueira, também é um dos ministros do chefe da República.
Contudo, Blairo acredita que o Progressistas possa liberar os filiados para votarem conforme suas afinidades em 2022.
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