27 de Julho de 2021, 10h:26 - A | A

Poderes / USO DE LABORATÓRIOS VETERINÁRIOS

Bolsonaro garante a Wellington que vai estimular fabricação de vacina 100% brasileira

O presidente e o senador debateram as estratégias para alcançar agentes da iniciativa privada interessados na fabricação.

CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO



O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) garantiu que vai estimular a fabricação de uma vacina 100% brasileira contra a covid-19, por meio de indústrias que produzem imunizantes veterinários. O assunto foi discutido nessa segunda-feira (26) com o senador Wellington Fagundes (PL), que debateu com o presidente as estratégias para alcançar agentes da iniciativa privada interessados na fabricação.

O  Governo Federal deve estimular essa fabricação através dos ministérios.

A liberação para a fabricação das vacinas já foi concedida oficialmente em 16 de julho, quando o presidente sancionou a Lei federal 14.187/2021, de autoria do senador mato-grossense.

Em reunião com Bolsonaro, na presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e da ministra da Secretaria de Governo Flávia Arruda, Wellington afirmou que a capacidade brasileira é suficiente para vacinar toda a população.

“A lei sancionada já é uma realidade. Em reunião com o presidente Jair Bolsonaro, entendemos que as fábricas têm a capacidade de produzir vacinas suficientes para imunizar toda a população brasileira”, afirmou o senador por meio das redes sociais, após o encontro.

Ao todo, a previsão é de que o Brasil produza até 400 milhões de doses em 90 dias. Segundo Bolsonaro, a intenção é que os imunizantes também sejam exportados para outros países, não apenas da América do Sul.

O ministro da Saúde avaliou que a procura por novas formas de produção de vacinas foi provocada em razão da pandemia da covid-19, que ressaltou a importância de não depender de insumos estrangeiros.

"Esse contexto da pandemia mostrou que o Brasil não deve se contentar somente em importar insumos, sobretudo na área de vacinação, que é uma área estratégica. Isso ajudará a fortalecer o Programa Nacional de Imunizações e também ao Brasil assumir a sua condição de líder global na produção de vacinas e, assim, poderemos ajudar os países da América Latina", disse, na ocasião.

Queiroga também reforçou que a produção dos imunizantes nas fábricas de vacinas animais depende de uma série de exigências criteriosas, garantindo que há compromisso do governo e das autoridades sanitárias com o fortalecimento da indústria da saúde.

Entre as exigências estão rígidas normas de biossegurança em relação ao ambiente de produção, que deve seguir as mesmas normas de laboratórios que produzem vacinas de uso humano, e necessidade de separação dos processos de uso humano e de uso veterinário.

No caso, segundo a legislação, a produção, o envasamento, a etiquetagem, a embalagem e o armazenamento de vacinas contra covid-19 devem ser feitos em locais separados nas unidades. Do contrário, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) terá que dar a autorização para armazenamento no mesmo local.

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