17 de Agosto de 2023, 07h:47 - A | A

Poderes / APÓS MORTE DE ADVOGADA

Botelho defende pena de morte para feminicidas: “Tem que servir como exemplo”

O tema veio à tona esta semana, após o assassinato da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni

DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER



O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (União Brasil), defendeu penas mais duras e até morte para feminicidas no Brasil. Segundo ele, esses criminosos deveriam ficar ao menos 40 anos na cadeia, para “servir de exemplo” e reduzir os índices desse crime no país.

“Eu tenho percebido, como eu digo, sempre nesses casos, a pessoa (feminicida) fica pouco tempo preso. Seis anos, oito anos estão soltos. E como que pode ficar tão pouco tempo assim? Ele tem que ficar quarenta anos trancado lá dentro ou prisão perpétua, se fosse o caso, ou pena de morte”, defendeu.

“Eu defendo a pena de morte para esses casos, mas como aqui não tem pena de morte, pelo menos que as prisões sejam mais longas para servir como exemplo nesses casos”, emendou o deputado.

O tema veio à tona esta semana, após o assassinato brutal da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, no último domingo (13), em Cuiabá. O corpo dela foi achado dentro de seu veículo, abandonado no Parque das Águas.

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A vítima foi espancada, estuprada e asfixiada pelo ex-policial militar Almir Monteiros dos Santos, 49 anos, dentro da casa onde ele morava, no bairro Santa Amália.

Os dois se conheceram em um bar na noite de sábado (12). O criminoso, que já responde por crimes de roubo de postos de combustíveis na Grande Cuiabá, foi preso em flagrante pelo feminicídio da advogada.

No entendimento de Botelho, a falta de leis mais severas abre precedente para a continuidade desses crimes, diante da impunidade, já que em poucos anos o feminicida é posto em liberdade.

Segundo ele, na tentativa de auxiliar no combate ao crime em Mato Grosso, a Assembleia vai criar um observatório para acompanhamento desses casos.

“Nós vamos agora criar um observatório aqui na Assembleia para nós acompanharmos essa situação da violência contra a mulher. A gente fala, fala, luta e a gente não consegue diminuir. Então eu acho que a única forma, talvez, seria de aumentar as penas, né? Dar penas mais duras, ser mais duro com esses criminosos”, finalizou.

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