DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER
O presidente da Assembleia Legislativa (AL-MT), o deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) afirmou na manhã desta quinta-feira (10), que parte dos brasileiros que discordam da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente do Brasil, deveriam ter questionado “lá atrás” quando ele “foi absolvido no Supremo”.
“A partir daí acabou, não tem mais o que se julgar a eleição”, declarou em entrevista ao programa Giro da rádio Conti.
Em Mato Grosso, diversas rodovias foram interditadas por manifestantes na noite de domingo (30), logo após o Tribunal Superior Eleitoral divulgar o resultado da eleição presidencial. O movimento ganhou adesão nacional.
Os manifestantes apontam fraude no processo eleitoral e pedem intervenção federal. Na entrevista, Botelho voltou a se posicionar contrário ao pedido do grupo e defendeu que não há o que se falar em fraude nas urnas eletrônicas.
“Não poderia se questionar essas eleições, não teve nada de ilegal, não teve. As urnas eletrônicas elas são comprovadamente invioláveis. Agora, questionar se Lula era para participar ou não (das eleições), isso não é agora, isso devia ter sido questionado lá atrás quando ele foi absolvido no Supremo. A partir daí acabou, não tem mais o que se julgar a eleição”, afirmou.
Na noite de quarta-feira (09), o Ministério da Defesa divulgou um relatório sobre as eleições deste ano. No documento, os militares descartaram fraude. Segundo o presidente da AL, se alguém esperava um resultado diferente “essa pessoa está desconectada da realidade”.
“Você achar que haveria fraude, como muitos diziam 'a teve fraude na eleição', não teve. Tem gente que fala assim, 'olha tem urna que teve voto só de Lula', mas teve urna também que teve voto só de Bolsonaro e aí, teve fraude também?”, explicou.
“E se alguém estava com esperança de que vinha um relatório diferente, essa pessoa está desconectada da realidade”, completou.