13 de Dezembro de 2023, 09h:07 - A | A

Poderes / CONFESSOU "RACHADINHA"

Câmara de Cuiabá recorre à Justiça contra decisão que anulou cassação de Edna

O recurso de Apelação foi protocolado nesta terça-feira (12) pela Procuradoria da Casa de Leis

FERNANDA ESCOUTO
DO CONEXÃO PODER



A Câmara de Cuiabá protocolou, nesta terça-feira (12), um recurso de Apelação na Justiça contra a decisão que suspendeu a cassação da vereadora Edna Sampaio (PT), acusada de ter se apropriado ilegalmente da verba indenizatória da sua ex-chefe de gabinete.

A decisão que validou o retorno da petista à Casa de Leis é do juiz Agamenon Alcântara Moreno Junior e foi publicada no dia 22 de novembro.

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O magistrado alegou que o prazo de 90 dias para o desenrolar dos trabalhos da Comissão de Ética foram ultrapassados, tese que é contestada pelo presidente da Câmara, vereador Chico 2000 (PL).

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A Procuradoria da Casa entendeu que o recurso deveria ser protocolado. Agora é aguardar o Judiciário se posicionar”, disse o parlamentar à imprensa.

Edna Sampaio foi cassada por 20 votos a zero pelo plenário da Câmara, em 11 de outubro, pelo suposto esquema de rachadinha.

Relembre o caso

O caso começou no dia 3 de maio, após denúncia veiculada na imprensa. Vieram à tona prints de comprovantes de transferências bancárias, mensagens em áudio e conversas por WhatsApp que atestaram o envolvimento da vereadora no esquema.

Um áudio mostrava o marido da vereadora, Willian Sampaio, cobrando que a então chefe de gabinete fizesse a transferência do dinheiro para a vereadora. Posteriormente, em oitiva na Comissão de Ética, Laura disse que o dinheiro era transferido em sua totalidade para uma conta em nome da parlamentar.

Segundo Laura, ela só se deu conta de que algo estava errado com o modo como o dinheiro era tratado durante a gestão do gabinete da vereadora quando leu uma reportagem sobre o caso de sua demissão, enquanto estava grávida, que apontava seus rendimentos como sendo formados por R$ 7 mil de salário e R$ 5 mil de verba indenizatória. Segundo ela, só recebia 70% desse valor do salário e sempre devolveu a VI.

Edna, por sua vez, confessou, que todas as quatro chefes de gabinete da parlamentar eram orientadas a devolver a verba indenizatória que recebiam em sua conta bancária pessoal.

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