FERNANDA ESCOUTO
CONEXÃO PODER
Os vereadores por Várzea Grande aprovaram, na sessão ordinária dessa terça-feira (08), um procedimento investigatório contra o vereador Pablo Pereira (União Brasil), alvo da Polícia Civil por um suposto esquema de corrupção no Departamento de Água e Esgoto (DAE) do município.
Além da aprovação, foi formada por meio de sorteio uma comissão especial temporária de inquérito para averiguar o caso.
A comissão sorteada é composta pelos seguintes parlamentares: presidente Gisa Barros (PSB), relator Paulo Silva (Republicanos) e membro Alessandro Moreira (MDB).
De acordo com o regimento interno da Câmara, ao receber o processo a presidente da comissão iniciará os trabalhos dentro de cinco dias, notificando o vereador denunciado com cópia da denúncia e documentos que a instruem, para que, no prazo de 10 dias, ele apresente defesa prévia por escrito, indique as provas e arrole suas testemunhas.
O prazo para conclusão dos trabalhos é 31 de dezembro.
Alvo da polícia
Pablo foi alvo da polícia e chegou a ser preso, com mais 10 pessoas, na Operação Gota d’água, deflagrada em setembro.
Ele é acusado de usar a estrutura do DAE como forma de obter vantagem política, usando servidores em favor da sua campanha à reeleição.
O bando teria causado um prejuízo de R$ 11,3 milhões aos cofres públicos.
A investigação apontou que os servidores cobravam para realizar serviços que eram responsabilidade do DAE oferecer aos cidadãos de Várzea Grande. Uma auditoria revelou, ainda, que os valores devidos por usuários dos serviços de saneamento eram reduzidos indevidamente ou até mesmo excluídos do sistema, mediante recebimento de dinheiro.
Pablo Pereira foi candidato à reeleição, mas não obteve sucesso nas urnas.