CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
O deputado estadual Gilberto Cattani disse não acreditar que possa haver uma greve de caminhoneiros como está prevista para o dia 1º de novembro. Ele ressaltou que desde o início do governo Bolsonaro há indicativos de greve que, até o momento, não se concretizaram.
“Volta e meia eles falam dessa greve. Eu sempre estudei na escola pública e todo ano tinha greve, e nunca resolveu bulhufas. Greve, no meu entendimento, é só uma maneira de desestabilizar alguma coisa”, comentou o deputado nessa semana.
A possibilidade de uma greve da categoria foi anunciada no dia 16 de outubro, quando entidades que representam os caminhoneiros se reuniram no Rio de Janeiro. Entre a pauta de reivindicação está a redução do preço do diesel, revisão da política de preços da Petrobras, e a fixação de um valor de frete mínimo.
O diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Dahmer afirmou que a categoria aguarda posição do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
Para Cattani, usar o aumento no preço dos combustíveis para justificativa de indicativo de greve não passa de uma desculpa, “porque, na verdade, a crise não é nacional, mas internacional, mundial, e é resultado da pandemia”.
“Acho que não vai existir essa greve em lugar nenhum, porque já vão para 3 anos que ele [Bolsonaro] está lá. Vira e mexe estão falando que vai ter essa dita greve dos caminhoneiros e nunca teve. Até porque está saindo uma ação que vai beneficiar o setor dos caminhoneiros. Ninguém vai ficar para trás. O governo Bolsonaro pensa em todos”, afirmou.
A ação mencionada pelo parlamentar foi anunciada pelo presidente no 21 de outubro, tratando-se de um "auxílio-diesel" de R$ 400 para cerca de 750 mil caminhoneiros. O valor, porém, já foi criticado pela categoria, que chega a gastar cerca de R$ 2 mil para abastecer um tanque de 400 litros.