FERNANDA ESCOUTO
DO CONEXÃO PODER
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) manteve arquivada a correição parcial instaurada contra o juiz Wladymir Perri, após o magistrado ter deixado parado por aproximadamente seis meses um processo penal que apura um crime de homicídio.
A decisão, dessa quinta-feira (22), é do então corregedor-nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão.
A ação é a mesma que ficou conhecida na imprensa devido à condução feita por Perri, que durante uma audiência mandou prender a mãe do jovem assassinado. Após esse episódio, o Ministério Público Estadual (MPMT) entrou com um pedido de suspeição contra o juiz, que deveria ter sido analisada pelo próprio magistrado.
Entretanto, segundo o MP, o juiz não analisou a suspeição, paralisando indevidamente o processo por tempo superior a seis meses.
Primeiramente, a correição parcial foi arquivada pela Corregedoria-Geral de Justiça de Mato Grosso pelo fato de Perri ter sido transferido da 12ª Vara Criminal de Cuiabá (onde a ação de homicídio tramita) para a 2ª Vara de Vara Criminal de Várzea Grande.
A mesma decisão foi tomada pelo CNJ, que ainda argumentou que a atuação do magistrado não foi "desidiosa, abusiva ou desviada das finalidades da judicatura".
“Houve uma apuração criteriosa pela Corregedoria local, e dos vários ângulos, não foi comprovada a prática de falta funcional”, destacou o ministro Salomão.
“Mostra-se, portanto, desnecessária a intervenção do Conselho Nacional de Justiça”, concluiu.