Quarta-feira, 30 de Abril de 2025

19 de Fevereiro de 2025, 15h:57 - A | A

Poderes / BÔNUS DE R$ 10 MIL

CNJ manda TJ provar que "vale-peru" foi devolvido por magistrados

A determinação foi do Corregedor Nacional de Justiça ministro Mauro Campbell Marques que também quer comprovação de como os servidores vão devolver o valor

VANESSA MORENO
CONEXÃO PODER



O Corregedor Nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, deu um prazo de 15 dias para que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) comprove que todos os magistrados devolveram os R$10.055,00 que receberam como bônus de fim de ano, em dezembro de 2024. A recompensa ficou conhecida como "vale-peru" e foi concedida pela ex-presidente do TJMT, desembargadora Clarice Claudino.

Além da comprovação de devolução, Campbell quer que o TJ diga como é que os demais servidores, que também foram beneficiados com o vale, vão devolver esse montante.

 

“Feitas as providências anteriores, considerando o teor da última manifestação do Tribunal, intime-se o TJMT para que, em 15 (quinze) dias: a) Comprove que todos os Magistrados promoveram a devolução da quantia paga a maior em dezembro de 2024; b) Diga como será feita a devolução desse valor pelos servidores”, diz trecho da decisão proferida nesta terça-feira (18).

 

 

No início deste mês, o atual presidente do TJMT desembargador José Zuquim disse que o valor já foi devolvido pelos magistrados e que os servidores devolverão em 18 parcelas descontadas da folha de pagamento. A declaração foi feita no âmbito de uma petição protocolada em dezembro, no Supremo Tribunal Federal (STF), que pedia a suspenção do vale.

 

 Para Zuquim, o vale alimentação de R$10 mil pago em dezembro tinha o objetivo de cobrir as necessidades nutricionais diárias dos magistrados e servidores.

A bonificação de fim de ano foi regulamentada pelo Provimento TJMT/CM nº 36 no dia 17 de dezembro de 2024 e assinada pela desembargadora Clarice Claudino da Silva, enquanto ela ainda presidia o TJ.

A medida beneficiou não só os 275 magistrados, mas também mais de 5 mil servidores do Poder Judiciário, resultando em um custo total de R$ 52,7 milhões aos cofres públicos.

Na decisão desta terça o ministro Mauro Campbell relembrou que, após a grande repercussão que o "vale-peru" causou na mídia brasileira, ele determinou a suspensão do auxílio, mas mesmo o valor foi pago.

“Fundamentei que não houve justificativa plausível, nem mesmo autorização desse pagamento”, ressaltou Campbell.

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