23 de Agosto de 2024, 13h:16 - A | A

Poderes / ASSASSINADO A TIROS

CNJ revela que desembargadoras teriam se afastado de ações defendidas por Zampieri

Elas teriam ficado constrangidas com a “intimidade” entre o desembargador Sebastião de Moraes Filho e Roberto Zampieri.

DO CONEXÃO PODER



Duas desembargadoras do Tribunal de Justiça de Mato Grosso teriam ficado tão constrangidas com a “intimidade” entre o desembargador Sebastião de Moraes Filho e Roberto Zampieri que preferiram se declarar suspeitas em todos os processos em que o advogado, assassinado em dezembro do ano passado em Cuiabá, figurava como parte.

A informação consta na decisão do ex-ministro corregedor Luis Felipe Salomão, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que determinou o afastamento de Sebastião de Moraes Filho e do desembargador João Ferreira Filho, suspeitos de venda de sentenças.

O documento do CNJ diz ainda que, durante um processo de disputa de terras, o fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo entrou com um pedido de suspeição contra o desembargador Sebastião, alegando amizade íntima entre ele e Zampieri, que era advogado da outra parte.

 

 

Sebastião se declarou suspeito, entretanto, usou “cunho familiar” como justificativa e não a amizade entre ele e o advogado.

“Porém, não obstante a declaração de suspeição, o desembargador Sebastião de Moraes Filho analisou os argumentos do agravo interno interposto, os quais, segundo seu juízo, 'possivelmente, ensejaria retratação de cunho positivo, e revogou a decisão proferida anteriormente, que havia concedido efeito suspensivo ao agravo de instrumento manejado”, destaca o ex-corregedor.

Tal decisão, segundo as conclusões da Polícia Civil, "foi o 'estopim' para a concretização dos planos que já vinham sendo montados por Anibal, que decidiu matar Zampieri.

O crime

O advogado Roberto Zampieri foi morto a tiros, no dia 5 de dezembro de 2023, quando saía do seu escritório, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Imagens divulgadas à época mostraram queo assassino ficou de tocaia, esperando a vítima sair, e que o atacou quando ele estava em seu carro, uma Fiat Toro.

O coronel do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, foi preso no dia 15 de janeiro de 2024, em Belo Horizonte (MG), apontado como financiador da execução. Atualmente ele cumpre a prisão preventiva nas dependências do 44º Batalhão de Infantaria Motorizado, por ser militar.

Antonio, o executor, foi preso em 20 de dezembro de 2023. Já Hedilerson Fialho Martins Barbosa foi preso dois dias depois. As duas prisões foram efetuadas na região metropolitana de Belo Horizonte.

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