EUZIANY TEODORO
DA REDAÇÃO
Diante da baixa procura pelas doses de reforço e o avanço da variante ômicron, o Governo do Estado prevê a necessidade de aumentar os leitos de UTI para pacientes com covid-19.
“Estamos já tomando providências, caso haja necessidade de ampliação dos leitos de UTI e também leitos de enfermaria, mas vamos acompanhar os números nos próximos dias. Sempre há um de-lay no registro quando chega o fim de semana. Mas vamos fazer uma avaliação essa semana e adotar as medidas necessárias”, concluiu.
Pelo menos um terço dos mato-grossenses ainda não está imunizado contra a covid-19. Do total de 3,22 milhões de habitantes, 400 mil não tomaram sequer a primeira dose da vacina e outros 900 mil não completaram o esquema vacinal com a segunda dose.
Os dados foram expostos pelo secretário Gilberto Figueiredo. Segundo ele, é justamente essa fatia da população que tem lotado policlínicas e hospitais em todo o estado.
“A tendência é, sim, aumento de casos da variante nova, mas também pelo grupo de 400 mil pessoas que não tomaram sequer uma dose. Outros 900 mil que não terminaram o esquema vacinal com as duas doses. Somam essas duas coisas, dá 1,3 milhão que não se imunizaram e isso é quase um terço da população. Isso é muito ruim”, avaliou o secretário.
Figueiredo expôs ainda que 95% dos casos de doentes que chegam aos hospitais, especialmente os que acabam internados, são de pessoas não imunizadas.
“Isso mostra a eficácia das vacinas. Por isso é muito importante que aqueles que não se vacinaram ainda, se vacinem. Porque 95% dos que precisam de uma internação, são pessoas que não tomaram sequer uma dose de vacina. E das pessoas vacinadas que precisam de internação, o percentual de mortes é de 0,28%”, explicou.
O secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, considera que esse aumento de casos “é um desdobramento anunciado”, devido ao aumento de casos pós-réveillon, férias e viagens da população.
"Com aglomerações, com as festas, com Réveillon, já se esperava uma consequência em relação a isso, com o aumento do número de casos. A parte menos desconfortável é, em que pese há um crescimento do número de casos, não há um crescimento substancial de casos graves. Principalmente por causa das pessoas vacinadas”.