03 de Janeiro de 2023, 07h:48 - A | A

Poderes / COMANDO DA AL

Com retorno de Botelho à disputa, Júlio desiste da Mesa Diretora e espera consenso

O deputado explicou que há anos não se tem disputa interna pela mesa e que essa rixa poderá deixar sequelas no Legislativo Estadual.

DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER



O deputado estadual eleito Júlio Campos (União Brasil) afirmou que não faz sentido manter seu nome na disputa pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, diante do retorno do deputado Eduardo Botelho (União Brasil). Por outro lado, ele defendeu "consenso" para criação de uma chapa.

Inicialmente, os dois nomes lançados para a disputa seriam do deputado Max Russi (PSB) e Botelho. Entretanto, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) acabou barrando o atual presidente de tentar se reeleger. Com isso, foi cogitado o nome de Júlio Campos para disputar o comando da AL.

No entanto, o imbróglio envolvendo a disputa acabou tendo uma reviravolta. O STF abriu uma “brecha”, mudando a data de validade para a regra da não recondução à eleição nas mesas diretoras de assembleias legislativas do país, para um período anterior ao da eleição de Botelho. Portanto, ele estaria apto para concorrer novamente.

  

De acordo com a nova decisão, concedida no Paraná, os ministros do STF entenderam que a proibição de reeleição se inicia a partir de janeiro de 2021 e que todas eleições anteriores não serão contabilizadas. Como Botelho foi reeleito presidente em junho de 2020, antes da data estabelecida na nova decisão, poderia disputar a reeleição para o biênio 2023/2025.

 

Júlio relembrou que, com o retorno de Botelho para a disputa, ele recua, mas isso lhe gerou convites para compor a chapa dos dois candidatos. Apesar dos convites, ele ponderou que não tem interesse em participar e nem disputar nenhum espaço na Mesa Diretora.

 

"Eu já fui sondado para compor as chapas e até mesmo disputar a presidência, eventualmente caso o deputado Botelho não pudesse. Mas como o Botelho pode voltar a ser candidato automaticamente não tem sentido o meu nome ser colocado em jogo. Nesse momento, eu não tenho nenhuma pretensão de participar da mesa diretora porque até sou novato", disse.

"Quero aprender, conversar e me preparar, talvez numa futura mesa, daqui dois anos eu possa ser candidato a algum cargo dela. Agora, se o meu nome tiver consenso para participar dela, sem problema nenhum aceitarei a incumbência com maior satisfação", emendou.

A “disputa interna” entre Max e Botelho poderá causar um desgaste no Legislativo Estadual e pensando nisso, Júlio aconselhou que os candidatos se reunissem para montar uma chapa de “consenso”.

"Essa disputa interna agora, de dois líderes políticos de prestigio, aqui na casa é ruim. O ideal seria uma chapa de consenso. Tanto o deputado Max quanto o deputado Botelho que são líderes partidários né, se reunissem, sentasse, conversassem e chegasse a um consenso para escolher uma boa chapa que vá dirigir nos próximos dois anos a nossa casa. Porque qualquer disputa deixa sequelas e sequelas não é bom para a casa, não é bom para o desempenho legislativo. Aqui faz muitos anos que não tem briga pela disputa da mesa diretora”, finalizou.

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