17 de Março de 2023, 13h:22 - A | A

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Coronel Assis cobra explicações sobre ida de ministro da Justiça à área dominada pelo tráfico

Deputado diz que baixo efetivo em equipe de segurança é incomum em local com altos índices de violência

RAFAEL COSTA
DO CONEXÃO PODER



O deputado federal Coronel Assis (União) cobrou esclarecimentos do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que nesta semana compareceu ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, comunidade considerada o quartel-general de todas as facções criminosas existentes naquele Estado e que dominam o tráfico de drogas e armas no país.

É lá que estão abrigadas as sedes das facções ADA (Amigos dos Amigos), TCP (Terceiro Comando Puro) e CV (Comando Vermelho). Uma pesquisa realizada pela ONG local Redes Maré, entre 2018 e 2020, mostra que 63% dos moradores temem ser alvejado por balas na região.

De acordo com o parlamentar, chama atenção a baixa quantidade de seguranças, que acompanharam o ministro Flávio Dino durante a agenda, principalmente, por se tratar de um local, onde, em 2022, ocorreram 27 operações policiais e oito confrontos entre facções rivais. (Veja o vídeo abaixo)

 

 No complexo da Maré, moram cerca de 140 mil habitantes, distribuídos em 16 localidades. Flávio Dino esteve na Favela Nova Holanda, para o lançamento do boletim “Direito à segurança pública na Maré”, publicado anualmente pela ONG local. O evento contou com o apoio da Open Society, do bilionário George Soros.

 

 O magnata é famoso pelo patrocínio a instituições e causas ligadas à esquerda global. Entre elas, o desarmamento da população civil, a libertação de presos e a liberação das drogas — umas da grandes fontes de financiamento do crime organizado.

 

 Críticas de Lula à PM

Em discurso na quinta-feira (16) na Câmara dos Deputados, Coronel Assis utilizou a tribuna para rebater as declarações do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que fez críticas aos policiais durante o lançamento do Programa Nacional de Segurança em Cidadania (Prosnaci II),

Em discurso, Lula afirmou que “dependendo do bairro, a polícia não pergunta o que está acontecendo, tenta resolver da forma mais bruta possível, e isso acontece em toda periferia do país”.

Ex-comandante geral da Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT), Assis diz que a fala do petista foi discriminatória aos profissionais da segurança pública. “Isso é, no mínimo, uma fala discriminatória às mulheres e homens que defendem os brasileiros. Somos a Polícia do povo. Fui policial militar por 28 anos da minha vida e sempre defendi o menos favorecidos. E não aceitarei esse tipo de coisa aqui, enquanto Deputado Federal nesta casa”, asseverou o parlamentar.

O Prosnaci vai distribuir R$ 2 bilhões aos Estados para que o valor seja utilizado em cinco eixos: combate à violência contra a mulher; racismo; apoio às vítimas de violência; políticas voltadas para presos e egressos do sistema prisional; e atuação nos territórios brasileiros.

Na avaliação do Coronel Assis, o programa do Governo Federal é falho e não atende outros três eixos que, em sua avaliação, merecem total prioridade para valorizar os profissionais de segurança pública; promover prevenção e combate às drogas e garantia de tratamento aos dependentes químicos; e combate às organizações criminosas.

“Acredito que o programa do Governo Federal deveria atender mais três eixos importantíssimos para a Segurança Pública do Brasil. Primeiro a valorização dos profissionais da Segurança Pública, porque, esses homens e mulheres fazem toda a diferença sendo a última barreira entre os famigerados infringentes sociais e a sociedade”, detalhou.

Quanto à questão das drogas, o parlamentar afirmou sobre a urgência de se desenvolver medidas de combate ao que considera ser “o maior flagelo atual para a sociedade brasileira”, que são as drogas.

Coronel Assis também defendeu um eixo no Pronasci II que combata às organizações criminosas. “As facções criminosas estão tomando conta do país. Aqui nesta Casa precisamos de Leis que possam impor medo aos corações desses criminosos. Atacar a estrutura e o financeiro dessas organizações criminosas é fundamental”, pontua.

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