DO CONEXÃO PODER
O vereador Dilemário Alencar (Podemos) disse nesta quarta-feira (03), que os vereadores da Câmara Municipal não podem fechar os olhos para a grave denúncia feita pela ex-chefe de gabinete da vereadora Edna Sampaio (PT), a servidora Laura Natasha Oliveira de Abreu, que foi demitida pela parlamentar durante a sua gravidez e agora revela provas que apontam suposto esquema de rachadinha no gabinete da vereadora.
“É evidente que essa grave denúncia tem que ser investigada pelo conjunto dos vereadores. A Câmara não pode ficar em silêncio diante a esse fato, visto que em outras denúncias houve a instalação de processo disciplinar por quebra de decoro que levou à cassação de vereadores”, pontuou o vereador Dilemário Alencar.
O parlamentar lembrou que em março cobrou na tribuna da Câmara Municipal que a vereadora Edna deveria dar explicações pelo fato de ter demitido uma servidora grávida. Na ocasião, Edna ao invés de explicar, resolveu fazer queixa-crime na Polícia Federal e denúncia no Ministério Público Federal, alegando que o vereador Dilemário estava perseguindo-a por ser uma mulher negra.
“Inclusive a vereadora Edna foi até Brasília levar a denúncia ao Ministério da Igualdade Racial, onde narrou que eu estava praticando situações de violência e tentativas de deslegitimá-la, onde eu havia utilizado de forma criminosa a notícia sobre a exoneração de sua ex-servidora que estava grávida”, informou o vereador Dilemário.
Dilemário pontuou também, que em reunião da Comissão da Mulher da Câmara Municipal, quando inquirida sobre o fato de ter demitido uma servidora grávida do seu gabinete, a vereadora Edna narrou as vereadoras Michelly Alencar (UD) e Maysa Leão (Republicano), que a demissão ocorreu em comum acordo com a servidora, e que tomou a iniciativa de demiti-la para resguardar a saúde dela, mantendo, mesmo após a demissão, uma boa relação com a servidora.
“Diante da denúncia da servidora Laura Abreu, depreende-se que a vereadora Edna pode ter mentido na Comissão da Mulher, que é uma comissão permanente da Câmara, o que pode configurar quebra de decoro parlamentar. Toda essa situação é muito grave! Como já disse, a Câmara tem que agir, como fez diante a situação de outros vereadores que foram denunciados e perderam os seus mandatos”, concluiu o vereador Dilemário Alencar.
As denúncias veiculadas nesta quarta-feira na imprensa contra a vereadora Edna Sampaio, foram feitas com base em comprovantes de transferências bancárias, mensagens em áudio e conversas por WhatsApp, onde comprometem seriamente a vereadora em suposto esquema de uso ilegal da verba indenizatória paga pela Câmara de Cuiabá, o que é considerado ilegal e imoral. Todos esses documentos estão em poder do Ministério Público e revelam que, no ano passado, a parlamentar recebeu pelo menos R$ 20 mil, em quatro transferências de R$ 5 mil, de verba indenizatória que seriam de direito da sua então chefe de Gabinete Laura Abreu, mas que foram transferidos pela própria assessora diretamente na conta bancária da vereadora.