APARECIDO DO CARMO
DO CONEXÃO PODER
A vereadora Edna Sampaio (PT) confirmou na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar que todas as quatro chefes de gabinete que passaram por seu mandato no período em que está na Câmara Municipal, devolveram a Verba Indenizatória para uma conta no nome da vereadora, que ela alega ser do “mandato coletivo”.
O caso veio à tona envolvendo o nome de Laura Abreu, ex-chefe de gabinete da petista que, além de devolver a V.I. para Edna, ainda foi demitida grávida. Antes dela, Edna teve outras duas chefes de gabinete e, depois da demissão de Laura, outra pessoa assumiu o cargo.
“Já disse que esse é o modelo de gestão do nosso gabinete e continua, a menos que a Câmara apresente um projeto de regulamentação em que altere o conteúdo desta lei e estabeleça com clareza que a verba indenizatória é propriedade, como o senhor está falando, que a Verba Indenizatória é propriedade do chefe de gabinete”, disse ela, respondendo a uma pergunta do vereador Dilemário Alencar.
Durante a sessão, mais de uma vez a parlamentar admitiu que a gestão do dinheiro do gabinete é feita de forma "centralizada", a partir de uma conta administrada por ela.
“É uma forma de gerenciamento para otimizar o uso dos recursos públicos com aquilo que é a destinação desses recursos que está previsto em lei e que não há qualquer vedação que possa impedir a vereadora Edna Sampaio e o seu gabinete de gerenciar o recurso dessa maneira. Não há crime nisso”, disse.
Segundo a interpretação de Edna Sampaio, não há vedação legal para o modo como ela administra o dinheiro da verba indenizatória da sua chefe de gabinete. Disse ainda que, em mais de uma oportunidade, teve que tirar dinheiro do próprio salário para cobrir despesas que não foram cobertas com a Verba Indenizatória.
“Vocês vão ver que várias vezes eu tive que pagar do meu salário o que não consegui cobrir com a Verba Indenizatória. Porque a Verba Indenizatória tem um limite e a política é a atividade mais cara que uma pessoa pode exercer, é por isso que as pessoas mais pobres não chegam aqui”, disse.
A vereadora se disse vítima de violência política, especialmente por parte de Dilemário Alencar, a quem acusou de ser autor de um documento apócrifo protocolado contra ela na Câmara Municipal. Edna disse ainda que vai fazer uma denúncia contra ele à Polícia Federal.