02 de Agosto de 2023, 08h:59 - A | A

Poderes / EFEITO RACHADINHA

Edna se adianta e sai da Comissão da Mulher; "Mais do que gênero, vale a nossa conduta", diz Michelly

Michelly Alencar (União), presidente da Comissão, pediu o afastamento, mas a petista se adiantou

DAFFINY DELGADO
DO CONEXÃO PODER



A vereadora Edna Sampaio (PT), investigada por suposto esquema de "rachadinha" de Verba Indenizatória em seu gabinete, pediu afastamento da Comissão de Direitos da Mulher da Câmara de Cuiabá. A vereadora Michelly Alencar (União), presidente da Comissão, já havia pedido o afastamento em junho, mas Edna se adiantou.

Ao tomar conhecimento de que o pedido de Michelly seria analisado pela Mesa Diretora, Edna comunicou ao grupo seu afastamento. De acordo com a vereadora Michelly, ela não poderia se omitir diante da denúncia apresentada contra a colega de parlamento, que além de responder à Comissão de Ética pelo esquema de "rachadinha", também demitiu a chefe de gabinete, Laura Abreu, grávida.

"Eu não poderia, como mulher, presidente desta comissão, me omitir, acobertar alguns fatos que, na verdade, estão sendo investigados e a gente precisa se posicionar", declarou Michelly.

"Então meu posicionamento foi pedir o afastamento, ela entendeu, fez o pedido dela de afastamento, então ela mesma se afastou. E agora é a gente acompanhar o caso", emendou.

A petista foi acusada de apropriação e uso indevido da V.I. da sua ex-chefe de gabinete, Laura Abreu. A ex-servidora foi demitida da função enquanto estava grávida e, em depoimento à Comissão de Ética, contou que chegou a implorar para não ser demitida durante a gestação. Mas ouviu da parlamentar que sua permanência "custaria muito ao mandato".

Para Michelly, mas do que ser mulher, a conduta dos vereadores é que deve ser analisada. "Eu acredito que ela não estar na Comissão da Mulher, não é uma falta de representatividade, porque ela é uma mulher, mas acima de tudo, estão os nossos atos. A gente precisa dizer que a maior representatividade, independente do gênero, é a conduta."

Rachadinha

Edna Sampaio já foi ouvida pela Comissão de Ética sobre o caso e na ocasião, alegou que havia um "acordo" para que a V.I. de Laura fosse depositada em uma conta conjunta, em nome da parlamentar, para custear o "mandato coletivo" dela.

O nome de Laura não constava na abertura da conta e ela não tinha nenhum acesso aos valores, apesar de repassar 100% da V.I.

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