CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), não acredita que o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Medicamentos, movida na Câmara de Cuiabá, resulte no seu indiciamento. Ele ainda ponderou que os vereadores teriam trabalhado de forma independente em relação à investigação e garantiu que não precisa de “blindagem”.
“Não tem qualquer cabimento o envolvimento do meu nome nisso. Não tem nenhuma preocupação, estou tranquilo”, afirmou o gestor na manhã desta segunda-feira (6).
Emanuel observou que a CPI, aberta em maio deste ano, teria sido estimulada por ele, depois que, durante fiscalização, alguns vereadores encontraram medicamentos vencidos no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC). Ele ainda ponderou que o gargalo na gestão dos remédios ocorre há muitas gestões.
"Estimulei com o intuito de ajudar a resolver um problema crônico que há décadas afeta Cuiabá, que é a problemática do abastecimento de medicamentos e insumos na Capital. Há décadas e décadas isso existe. É um problema crônico que eu estou tendo a coragem de enfrentar, ser transparente e vou ajudar a resolver. Nós vamos avançar nessa área”, colocou.
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"Não peço para ninguém me blindar. Eu não preciso de blindagem porque eu não faço nada errado, não patrocino nada errado e não determino a ninguém da minha equipe que faça nada de errado. Então, os vereadores têm total liberdade", continuou.
O prefeito ainda aproveitou para criticar vereadores da oposição que estariam pedindo seu indiciamento em razão da ingerência sobre os medicamentos. Conforme o gestor, esses estariam priorizando fazer críticas ao invés de soluções para o problema.
“Uma pena que alguns prefiram o holofote e o espetáculo ao trabalho sério e produtivo”, disse Emanuel.
O relatório final vai ser apresentado na tarde desta segunda-feira e protocolado à presidência da Câmara.