10 de Julho de 2022, 17h:22 - A | A

Poderes / RISCO DE CASSAÇÃO

Emanuel diz que Paccola "está desesperado e tenta achar culpados pela morte de Miyagawa

Prefeito comenta a declaração do vereador que apontou interesse político em que ele seja cassado

APARECIDO CARMO
DO CONEXÃO PODER



Para o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), o vereador Tenente Coronel Paccola (Republicanos) está “desesperado” e “precisa achar um culpado” para a morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa. A declaração vem depois de o vereador dizer que o prefeito tem interesse em sua cassação.

“É claro que ele deve estar desesperado. Precisa achar um culpado. Ele tá tentando, ele precisa tentar achar um culpado para essa violência cometida, uma vida se perdeu. Eu prefiro sempre pensar na vítima inocente que se foi e nos seus familiares. É uma dor imensurável”, disse o prefeito.

A declaração de Marcos Paccola foi feita na última quinta-feira (7), no plenário da Câmara Municipal. O vereador disse que é “interessante” para “alguns grupos” que ele seja afastado. Em seguida, citou nominalmente o prefeito Emanuel Pinheiro.

“É interessante o meu afastamento ou a minha cassação para alguns grupos. Em breve a população entenderá porque existe esse interesse. Algumas pessoas, aí é a notícia ou a fala do prefeito dizendo que ‘Paccola precisa ser afastado por ter agido de maneira errada’. Quem é o prefeito Emanuel Pinheiro para falar de ação policial ou de intervenção tática ou de qualquer coisa relacionada? Se ele estivesse falando de corrupção, aí eu entenderia, porque disso ele entende”, disse Paccola.

Alexandre Miyagawa foi morto a tiros pelo vereador na noite de sexta-feira (01), durante uma confusão no bairro Duque de Caxias. Paccola prestou depoimento sobre o caso na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e disse que agiu em legítima defesa, já que o agente estaria com arma em punho e teria esboçado reação.

No entanto, vídeos e informações posteriores podem colocar em xeque essa afirmativa, já que Paccola aparece disparando pelas costas do agente. O laudo da Politec ainda não foi concluído. A Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá acompanha o caso.

Nesta sexta-feira (8), o procurador-geral de Mato Grosso, José Antonio Borges, determinou que quatro promotores do Núcleo de Defesa da Vida da Capital, do Ministério Público do Estado (MPMT), montem uma força-tarefa para acompanhar as investigações do homicídio de Alexandre Miyagawa.

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